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Após 7 de Setembro

Bolsonaro fica 'isolado' após discursos e processo de impeachment deve começar, avalia Rogério Correia

Deputado propõe obstrução geral na Câmara até abertura do processo contra o presidente

08/09/2021 10h21
Por:

Por Itasat

O deputado federal Rogério Correia (PT) afirmou que os discursos de Bolsonaro no 7 de Setembro deixam o presidente "ainda mais isolado" e agravam a "crise política" no Brasil. Em entrevista ao Jornal da Itatiaia 1º Edição desta quarta-feira (8), o parlamentar definiu como "péssima" a situação do presidente e afirmou crer no andamento do processo de impeachment na Câmara.

"O que ele fez foi muito grave, isso levará ao isolamento dele, e, provavelmente, o processo de impeachment começará a andar na Câmara, o que exigimos. inclusive, a bancada do PT já propõe à oposição e aos demais partidos iniciar uma obstrução geral na Câmara até se iniciar o processo de impeachment. Já são mais de 150 pedidos [de impeachment que estão lá", afirmou. 

"Acho que o presidente Bolsonaro deu um tiro no pé ontem. Ele se isolou ainda mais e ampliou a crise política, mesmo levando milhares de pessoas às ruas. Por que ele se isola? Ele se isola para proteger a família porque está a um passo de ver, inclusive, os próprios filhos presos por atos antidemocráticos e também denúncias de corrupção", prosseguiu.

Rogério também cita a repercussão dos discursos de Bolsonaro em partidos do chamado Centrão. "O PSD, por exemplo, já começa a falar em desembarcar do governo. Ontem o PSDB marcou reunião de emergência, e o DEM soltou nota, junto ao PSL, questionando os atos antidemocráticos do governo", afirmou.

Ataques a ministro do STF e ao urna eletrônica

Nos discursos feitos na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e na Avenida Paulista, em São Paulo, o presidente Bolsonaro endossou o coro dos apoiadores que manifestavam contra a atuação de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Os ataques eram direcionados, principalmente, a Alexandre de Moraes, relator no inquérito das "fake news", processo que levou à prisão apoiadores do presidente. 

Outro ponto citado pelo presidente foi a implementação do voto impresso auditável nas eleições presidenciais de 2022, pauta que não teve sequência no Congresso, com a manutenção das urnas eletrônicas. 

"A pauta dele ontem foi do golpe. Ela atacou o Supremo Tribunal Federal e o voto democrático. Já tinha um acordo com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, de que acataria o resultado de manutenção do voto por urna eletrônica. Ontem de novo ele ameaçou não acatar o resultado das eleições se não for por voto impresso, assunto já encerrado", afirmou Rogério.

"Além de colocar Lira em uma situação difícil, colocou também Rodrigo Pacheco [presidente do Senado] que hoje já anunciou que parou o Senado para avaliar o quadro. Além disso, ele atacou o STF, na figura do ministro Alexandre de Moraes. O STF está reunido e soltará uma nota dura e provavelmente outras prisões dos que incentivam o golpe no Brasil serão feitas", concluiu.