Por Itasat
Com os números da pandemia de Covid-19 abrandados em Minas Gerais, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) apresenta três preocupações para que o cuidado com a saúde da população, de um modo geral, seja melhor oferecido aos mineiros: manutenção de leitos, zeramento da fila de cirurgias eletivas e atendimento especializado às sequelas provocadas pela covid-19.
Antes do coronavírus modificar por completo as nossas vidas e adoecer pessoas, o estado já apresentava um déficit de mais de 800 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Com a crise sanitária, muitos foram abertos, mas devem ser desmobilizados em breve.
Para o coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça da Defesa da Saúde do MPMG, o promotor Luciano Moreira, o Estado deve se organizar para conseguir manter as vagas junto ao Governo Federal.
"Essa demanda por leitos de UTI é antiga e traz problemas para a população e agora com a pandemia é o momento oportuno para tentarmos suprir essa demanda. Que esses leitos se revertam, em parte pelo menos, em favor das outras necessidades de saúde da população", afirmou.
Conforme o promotor, a União pretende manter, em todo o país, apenas 1 mil leitos. "Uma proporção aproximada de 10% para Minas Gerais totaliza 100 leitos", lamenta. Por isso, de acordo com ele, o órgão cobra o estado para que ele tenha um "plano b".
"Para que ele se organize e que ao menos em parte, junto aos municípios, ele venha suprir essa necessidade da população. Foram muitos recursos públicos investidos na criação desses leitos, muitas equipes mobilizadas. Não podemos perder essa janela de oportunidade", afirma.
Atualmente, a rede pública hospitalar de Minas conta com 4 mil 364 leitos de UTI e 20 mil 840 unidades de enfermaria, segundo dados divulgados pelo governo.