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Denúncia

Paciente diabética relata falta de insulina nos postos de saúde em Minas Gerais

Poder público admite atrasos após troca na marca da insulina de ação rápida

14/09/2021 08h53
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Por Itasat

Pelo menos desde maio, centros de Saúde de Minas Gerais estão com dificuldade para fornecer insulina aos pacientes diabéticos. Por impactar na capacidade de controle da glicemia, a falta do medicamento pode levar a complicações de saúde, como cegueira e amputação de membros. Quem não consegue pelo SUS, precisa comprar a medicação.

A denúncia é feita pela nutricionista de 24 anos, Emanuelle Cintia de Souza, diabética do tipo 1, que precisa do medicamento para manter o controle. "Em maio, recebi um comunicado de que seria trocada a marca da insulina, que eu teria que entrar com um processo, por intermédio do posto, para conseguir a nova insulina. Desde então, ela não chegou", conta.

Ela alega ter recebido, neste mês de setembro, uma remessa insuficiente para sua demanda. "Não foi o tanto que utilizo, recebi a menos, e recebi um ofício do posto de que faltaria insulina novamente. Mais um mês, ou alguns meses porque eu não sei quando irá retomar, que eu ficarei tanto no prejuízo financeiro quanto no prejuízo da minha saúde", lamentou.

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais diz ser o Ministério da Saúde quem distribui o medicamento. A pasta confirma atrasos na entrega em junho e início de agosto. "A situação foi corrigida recentemente, com autorização de distribuição da Insulina Gulisina", diz. 

Ainda na nota, a secretaria afirma que no Sistema Integrado de Gerenciamento da Assistência Farmacêutica, a Farmácia de Minas de BH está abastecida. Destaca ainda que os municípios são os responsáveis pela distribuição aos centros de saúde.