Por Itasat
Documentos vazados por uma série de reportagens do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos apontam que o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem empresa em paraíso fiscal. Mesma situação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
As chamadas offshores são legais, mas precisam ser declaradas à Receita Federal. No entanto, normas do serviço público e da Lei de Conflito de Interesses vetam movimentações para ocupantes de cargos do alto escalão. O site Poder 360 apontou que Campos Neto não fez investimentos depois de assumir o cargo. Já Paulo Guedes não se manifestou sobre movimentações depois que assumiu a pasta.
Conforme os documentos, Guedes é dono de uma empresa nas Ilhas Virgens Britânicas que segue ativa e tinha um patrimônio em 2015 de 9,5 milhões de dólares. Na época, o valor era equivalente a R$ 23 milhões, mas atualmente, com a valorização do dólar, corresponde a cerca de R$ 50 milhões.
Em nota, o Ministério da Economia diz que toda a atuação privada do ministro, anterior à posse dele na pasta, foi devidamente declarada à Receita Federal.
MPF
O deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ), informou que, junto com outros líderes da oposição na Câmara dos Deputados, irá acionar o Ministério Público Federal (MPF) para que investigue Paulo Guedes e Roberto Campos Neto.
Freixo afirmou, em publicação em suas redes sociais, que "a legislação brasileira proíbe que membros da cúpula do governo mantenham esse tipo de negócio".