Paciente de Araxá tem suspeita de intoxicação com substância encontrada em Belorizontina

A Secretaria Municipal de Saúde de Araxá, no Alto Paranaíba, registrou um caso suspeito de contaminação por dietilenoglicol, substância tóxica que foi encontrada em três lotes (L1 1348, L2 1348 e L2 1354) da cerveja Belorizontina, da Backer. Exames preliminares apontaram que o quadro clínico não se desenvolveu para a síndrome nefroneural, que causou a morte de pelo menos duas pessoas em Minas Gerais. 

Conforme a secretaria, o paciente apresenta bom estado de saúde e não foi hospitalizado. Ele foi atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), apresentando sintomas típicos da intoxicação, que incluem vômitos, diarreia e infecção renal. 

A Vigilância Sanitária de Araxá informa que fiscaliza os pontos comerciais que comercializam cervejas artesanais para verificar se ainda existem cervejas dos lotes investigados sendo comercializadas na cidade.

O Ministério da Agricultura notificou a Backer, na segunda-feira (13), a fazer o recolhimento de todas as cervejas Belorizontinas produzidas desde outubro de 2019.

Notificações

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) foi notificada de 18 casos da síndrome nefroneural por contaminação com o dietilenoglicol, sendo que 14 estão em investigação e quatro foram confirmados.

Os números não incluem a morte de uma mulher em Pompéu, na região Central de Minas, que pode ser mais um óbito relacionado à síndrome. A vítima, de 60 anos, esteve em Belo Horizonte no fim do ano passado e, segundo a prefeitura da cidade, consumiu a cerveja Belorizontina.

Nessa terça-feira (14), a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG) informou que, dos casos, foram 12 notificações em Belo Horizonte, e uma em cada uma das seguintes cidades: Nova Lima, São João del-Rei, São Lourenço, Ubá e Viçosa.