Covid-19: com redução de casos, Boletim Matinal da UFMG deixará de ser diário a partir da próxima semana

Por Itasat

O ‘Boletim Matinal’ sobre a pandemia de covid-19 deixará de ser divulgado diariamente a partir da próxima semana. O material é produzido por alunos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) sob orientação de professores da instituição, como o infectologista Unaí Tupinambás.  A informação está na edição 570 do boletim, divulgada neste domingo, e destaca que editoriais, artigos e notícias de qualidade e relevância estão ficando cada vez mais escassos, além da redução de casos da doença. 

“O Boletim Matinal tem buscado cumprir seu papel de compartilhar informações com os seus leitores. A pandemia está caminhando para a redução de casos. Sabemos que não podemos nos descuidar e que temos de manter o distanciamento social, uso de máscaras e higienização das mãos. Os editoriais, artigos e notícias de qualidade e relevância estão ficando cada vez mais escassos. Os membros do corpo editorial do Boletim diante disso, decidiu reduzir o número de boletins para três vezes por semana. A partir da semana do dia 15/11/2021 ele será divulgado na segunda, quarta e sexta-feira”, diz a mensagem. 

Além de apresentar números e dados gerais da covid-19 em Minas, no Brasil e no mundo, o ‘Boletim Matinal’ tem estudos e avaliações de especialistas sobre a pandemia. O editorial deste domingo, por exemplo, analisa o impacto da cobertura da Atenção Básica e da Estratégia Saúde da Família (ESF), os escores do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ) e indicadores socioeconômicos e sociais no número de casos de covid-19 nas maiores cidades brasileiras.

“Foi demonstrado que maior cobertura da APS e maior cobertura da ESF, juntamente com uma pontuação do PMAQ acima da média, estão associadas a uma disseminação mais lenta e menor carga de covid-19. Destaca-se que estratos de melhor cobertura da ESF e escores do PMAQ obtiveram correlação com progressão mais lenta e menor carga de covid-19, controlando os efeitos dos indicadores socioeconômicos. Essa pandemia também é influenciada por indicadores sociais, revelando que a desigualdade e as restrições sociais modulam a dispersão dos casos. Esses fatores devem ser considerados pelos gestores de saúde para desenvolver melhores estratégias para combater a pandemia e melhorar a gestão dos recursos de saúde”, destaca trecho do editorial.

Destaques 

A redução do intervalo de aplicação da 3ª dose da vacina contra a covid-19 em BH, a divulgação de fake news sobre vacina contra covid-19 no Telegram, a proposta da Fiocruz para produção de vacinas e o aumento de casos da doença na Alemanha são alguns destaques do boletim deste domingo.