Por Itasat
O segundo dia da greve dos motoristas e cobradores de ônibus de Belo Horizonte tem estações sem coletivos, muitos passageiros nos pontos e um número muito grande de usuários no metrô. A reportagem da Itatiaia acompanha os desdobramentos e o drama das pessoas que precisam chegar ao trabalho.
Na estação Vilarinho, na região de Venda Nova, muitos passageiros esperaram a abertura das catracas para ir de metrô para o trabalho. No caso dos ônibus, a reportagem da Itatiaia percebe um número maior em relação ao primeiro dia.
Já na estação Diamante, no Barreiro, o cenário começa da mesma maneira do primeiro dia de greve: muitos passageiros e nenhum ônibus da BHTrans para embarque. Usuários ficam do lado de fora da estação à espera de coletivos metropolitanos e de algum coletivo da capital.
No caminho que a Itatiaia fez da sede da emissora, no bairro Bonfim, até a estação Diamante, não viu um ônibus sequer que atenda Belo Horizonte.
No Centro de BH, a percepção da reportagem é de que há mais ônibus circulando na cidade. Ao contrário do ocorrido nessa segund-feira (22), coletivos do Move e os que conectam bairros são vistos na região.
60%
A expectativa para esta terça-feira gira em torno do cumprimento ou não da decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) que determinou a circulação de pelos menos 60% da frota. Nessa segunda-feira (22), no primeiro dia de greve, a decisão não foi cumprida.
Uma nova audiência foi marcada para 14h30 de terça-feira com o desembargador Fernando Rios Neto.
Belo Horizonte registrou queda de 70% na média de passageiros que utilizam o transporte coletivo da capital em dias úteis, nessa segunda-feira (22). O balanço foi divulgado pela BHTrans e mostra o reflexo da greve dos motoristas do transporte público de ônibus da capital. Com poucos veículos rodando na capital mineira, os usuários conviveram com diversos transtornos para se locomover pela cidade, e muitos não conseguiram iniciar a sua jornada de trabalho.
No horário de pico da manhã desta segunda (22), apenas 93 mil pessoas conseguiram fazer o uso dos coletivos para se locomover. Conforme estatística da BHTrans, em dias úteis, sem o advento da greve, o número de passageiros em horário de pico chega a 375 mil usuários.
Já o número de viagens no horário de pico da manhã normalmente é de 6.861 mil, mas nesta segunda apenas 1.511 mil viagens foram registradas pela prefeitura.
Ainda conforme o balanço da BHTrans, entre 5h da manhã e 19h da noite, o número de viagens e de passageiros na capital mineira teve uma redução de 70%, se comparado a um dia útil. Ao todo, nesse período, foram registradas 4.828 viagens e 256.920 passageiros. A média de viagens mostra ainda um descumprimento da determinação do TRT, que afirma que pelo menos 60% da frota deve circular durante a greve.