Presidente cita fontes de arrecadação até chegada de investidor na Cruzeiro SAF

Por Itasat

A diretoria do Cruzeiro espera a finalização dos trâmites para o registro do novo Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) do clube, etapa importante para a migração do atual modelo, o associativo sem fins lucrativos, para clube-empresa. Essa mudança permitirá a entrada de dinheiro de investidores na agremiação. Enquanto isso não acontece, a Raposa, que vive sua maior crise financeira da história - tem dívida perto de R$ 1 bilhão - vai ter que seguir com criatividade para angariar recursos e manter pagamentos em dia. 

Perguntado como o Cruzeiro levantaria dinheiro até a chegada do investidor, o presidente Sérgio Santos Rodrigues disse que há um plano detalhado. 

"(Como levantar dinheiro?) Da forma como fizemos até hoje. Coisas que vamos divulgar, outro dia estivemos fora em são Paulo, estamos caminhando com novos patrocínios. Já temos propostas por jogadores nossos com a janela abrindo. Cruzeiro teve muitos jovens jogando esse ano. É adaptar, ver o que vamos precisar para passar por esse período e procurar o dinheiro dessa forma", explicou em entrevista à Itatiaia.

Uma das formas também de arrecadar dinheiro é pelo aporte de parceiros. O maior deles tem sido o empresário Pedro Lourenço, dono da rede Supermercados BH. 

"Eu sempre falei que as portas estariam abertas para ele, estão abertas. A gente conversa muito, vira e mexe ele liga, pergunta como está o andamento, quem pode vir, quem não vem. Tenho certeza que ele sempre será um parceiro do Cruzeiro", comentou. 

A outra é a tentativa de antecipar receita. "Uma das saídas que estamos conversando. Não será tão simples, tão fácil, mas estamos procurando soluções para mitigar isso. Primeiramente, focado no transfer ban, porque se não pagar, não registra jogador. Esse é o nosso primeiro grande compromisso para fazer esse time competitivo em janeiro, do jeito que a gente pensa, buscando receitas em todos os lugares possíveis. Assim é uma modalidade que possa ser usada", disse o presidente. 

Bloqueios 

Outro problema que assolou o clube entre 2020 e 2021, os bloqueios judiciais não devem assombrar o Cruzeiro Sociedade Anônima do Futebol (SAF). 

"Bloqueio não teremos mais. Não existe sucessão de dívida para a SAF. Agora, todo departamento será tocado pela SAF. São coisas distintas. Não vamos ter bloqueios mais e as receitas do futebol irão todas para lá (SAF), além de termos feito aquele regime de centralização das execuções cíveis e trabalhistas. Temos um orçamento que estará de acordo com o que o investidor colocar (em valores). Hoje a gente tem um projeto desenhado pela Alvarez Marsal, com o departamento de futebol, um orçamento realista para cumprirmos, mas com um time competitivo", analisou.