Por Itasat
O MDB oficializará, na noite desta segunda-feira (20), em evento em Belo Horizonte, a filiação do senador Carlos Viana, pré-candidato ao governo de Minas pelo partido. O objetivo da legenda é investir em uma candidatura de terceira via em relação ao cenário polarizado entre o atual governador Romeu Zema (Novo) e o prefeito Alexandre Kalil (PSD).
O MDB também vai tentar recuperar o espaço que perdeu nas eleições de 2018 e aumentar as bancadas estadual e federal. Na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a sigla espera ocupar 10 cadeiras — atualmente tem sete. Já na Câmara dos Deputados, a legenda pretende dobrar o número de parlamentares. Hoje, são 34.
Apesar do desgaste sofrido pelo MDB nos últimos anos e da presença de outros partidos grandes de Centro nas próximas eleições, como o União Brasil, o PL, o PP e o próprio PSD, para Newton Cardoso Júnior que comanda o MDB estadual foi entrevistado e a expectativa é de crescimento e manutenção da candidatura própria.
"O MDB sempre teve um foco grande em ver esse estado melhor. É o maior partido do maior número de prefeitos. Portanto, ele não pode abrir mão dessa vontade da base de ter uma candidatura própria", disse em referência à pré-candidatura de Carlos Viana.
Newton diz que as conversas sobre o vice ainda estão sendo definidas. "O MDB tem uma responsabilidade com seus municípios, com a sua base, com as prefeituras administradas pelo MDB, e precisamos que essa base tenha a voz. Fale qual é o melhor caminho para ela", afirma.
"O MDB tem sido enxergado como partido do centro democrático, com condição de abrigar todas as diferentes ideologias, todos as diferentes áreas de pensamento da política e com isso a nossa expectativa em Brasília é dobrar a bancada eleita em 2018", comenta.
Newton também opinou sobre nomes que estão em evidência no cenário político atual. Bolsonaro: "Um presidente que luta para tentar recuperar a sua credibilidade junto à população." Lula: "Um ex-presidente que terá que lutar muito para ter credibilidade junto à população." Moro: "Uma terceira via que dificilmente se consolida."
Pacheco, presidente do Senado: "É um grande líder de Minas Gerais. Nós gostaríamos muito que ele pudesse se viabilizar". Kalil: "Um grande prefeito, reconhecido pela população, mas entendo que ele ainda não colocou o time dele em jogo." Zema: "Um grande governador, demonstra o interesse de sair do isolamento da não política, mas importante que ele possa melhorar o diálogo com os que querem fazer a boa política", completa.