Por Itasat
A reabertura do Parque Lagoa do Nado, na região da Pampulha, em Belo Horizonte depende de quando vai terminar o trabalho da prefeitura para identificar e vacinar contra raiva os gatos que vivem por lá, assim como fez no Parque Municipal, que ficou nove meses de portas fechadas. Portanto, ainda não há previsão para que a Lagoa do Nado volte a receber visitantes.
O fechamento ocorreu no último fim de semana, após ser encontrado no local um gato morto com suspeita de raiva. A prefeitura aguarda o resultado de um segundo exame para confirmar ou descartar a doença no animal. Se der positivo para o vírus, será o primeiro caso em felinos em BH desde 1985. Em humanos não há casos desde 1984.
O diretor de Zoonoses de Belo Horizonte, Eduardo Viana, explica o que vai ser feito na Lagoa do Nado diante dessa suspeita de raiva. “O Parque Lagoa do Nado faz parte de um raio de ação que cobre uma área de 1 km de raio onde estão sendo feitas diversas atividades para prevenção e controle da transmissão da raiva em animais em Belo Horizonte. As equipes têm percorrido toda a área orientando a população com relação aos cuidados para prevenir qualquer possibilidade de contato com o vírus e também promovendo oferta da vacina para cães e gatos. Além disso, o Parque Lagoa do Nado pode servir como abrigo para alguns animais domésticos, cães, mas, principalmente, gatos e da mesma forma que no Parque Municipal a prefeitura realizou esse fechamento para poder realizar uma forma segura o manejo desses animais.”
Viana diz que não é possível prever o período de fechamento do parque baseado no trabalho feito no Parque Municipal, já que os locais têm características diferentes. “As características desses parque são completamente distintas, o Parque Municipal está em uma área central da cidade, fácil acesso, que historicamente já tem colônias bem desenvolvidas de felinos. Já na Lagoa do Nado nós temos um histórico que pouca presença relatada dentro do interior do parque de felinos, mas nós iremos iniciar o trabalho mais intensiva agora, então nosso diagnóstico vai ser feito semana a semana e assim nós temos a possibilidade de ter uma perspectiva com relação à possibilidade de reabertura.”
O diretor diz que qualquer pessoa que tiver contato ou for agredida por animais, mesmo que vacinados, devem procurar um Centro de Saúde. “É fundamental que qualquer caso de agressão, mesmo com animais vacinados e conhecidos, que se procure um Centro de Saúde mais próximo. Arranhaduras, mordedura, são todos considerados ferimentos graves e que devem ser avaliados por um médico e neste momento não podem, em hipótese alguma, ser negligenciados.”