Por Itasat
O governo dos EUA incluiu uma rede brasileira de indivíduos e empresas supostamente ligada à Al Qaeda na lista de terrorismo do Departamento do Tesouro. A informação foi divulgada pela embaixada americana nesta quarta-feira (22).
Em nota, o governo americano afirmou que as designações ajudarão a "negar o acesso da Al Qaeda ao setor financeiro formal para gerar receita para apoiar suas atividades". Segundo a embaixada, os EUA estão empenhados em trabalhar com parceiros estrangeiros, incluindo o Brasil, para desmantelar as redes de apoio financeiro da Al Qaeda.
"As atividades desta rede sediada no Brasil demonstram que a Al Qaeda continua sendo uma ameaça terrorista global generalizada", disse Andrea Gacki, diretora do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC).
O governo norte-americano tem utilizado ferramentas financeiras para limitar os fluxos de financiamento da Al Qaeda em todo o mundo. Isso inclui a designação de cerca de 300 indivíduos afiliados à Al Qaeda e outras organizações terroristas no Afeganistão, Paquistão, Golfo, África e outras regiões.
No Brasil foram nomeados três suspeitos de integrar a Al Qaeda que teriam "auxiliado materialmente, patrocinado ou fornecido apoio financeiro ou tecnológico e bens ou serviços para apoiar a [facção terrorista] Al Qaeda", de acordo com o governo dos EUA.
Haytham Ahmad Shukri Ahmad Al-Maghrabi, 35, egípcio naturalizado brasileiro, Mohamed Sherif Mohamed Awadd, 48, de nacionalidade egípcia e síria, e Ahmad Al-Khatib, 52, de nacionalidade egípcia e libanesa, terão bens e contas nos EUA congelados.
Além disso, são alvo de sanções do governo americano, as empresas Home Elegance Comércio de Móveis, cujo nome fantasia é Marrocos Móveis e Colchões, e Enterprise Comércio de Móveis e Intermediação de Negócios, localizadas em Guarulhos e pertencentes a Awadd e Al-Khatib.
Ainda conforme o governo norte-americano, Al-Maghrabi teria chegado ao Brasil em 2015 e foi um dos membros iniciais de uma das redes da Al Qaeda. Ele mantinha contatos frequentess e negócios para compra de moeda estrangeira de um outro indivíduo filiado à rede no país.