Por Itasat
A volta do público ao Mineirão, ainda em momento de pandemia, deixou estragos no Gigante da Pampulha e R$ 232 mil de prejuízo aos clubes (Atlético e Cruzeiro). Para se ter ideia, dezesseis dos 18 jogos com a presença de torcedores - 13 do alvinegro e três do time celeste - registraram 2.026 cadeiras quebradas ou danificadas, e uma conta de R$ 111 mil a pagar. O número representa pouco mais de 3% da capacidade do estádio, que é de 62 mil torcedores. Além dos assentos, também houve danos em fechaduras, vasos e portas, quebras de vidros e bebedouros e pichações de parede, o que totaliza R$ 121 mil de prejuízos.
De acordo com a organização do estádio, por meio da assessoria, o único jogo sem danos registrados foi a final do Campeonato Mineiro Feminino, entre Galo e Raposa. No confronto do alvinegro contra o Ceará, pelo Campeonato Brasileiro (masculino), também não foi observada quebra de cadeiras, mas aconteceram outros danos estruturais.
Por contrato, os clubes são responsáveis por arcar com a depredação causada pelo torcedores. O Mineirão, inclusive, possui uma oficina para o reparo de cadeiras estragadas, e o custo para a reforma, que depende dos itens a serem reparados, pode chegar a R$ 295 (a unidade). Além da depredação intencional, a quebra de cadeiras se dá principalmente pelo fato de os torcedores subirem ou saltarem sobre o assento.
Mineirão e clubes já trabalham numa campanha educativa para evitar prejuízos causados pela quebra de cadeiras. A questão será tratada ao longo da temporada 2022. O Gigante da Pampulha é um patrimônio público, pertencente ao Estado de Minas Gerais e administrado pela iniciativa privada. A depredação do patrimônio público é crime previsto no Código Penal, com pena de seis meses a um ano de detenção e pagamento de multa.