Por Itasat
Servidores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) apresentaram um abaixo-assinado à direção da pasta contra o retorno do trabalho presencial. Em ofício assinado pelo Sindicato dos Servidores Públicos do Meio Ambiente do Estado de Minas Gerais (Sindsema), os funcionários manifestam "inconformismo, desconforto e receio de comprometimento à saúde com o retorno presencial compulsório".
O sindicato também pede uma avaliação sanitária da Semad para garantir segurança ao acesso às dependências da secretaria e relata receio de trabalhadores com relação à disseminação da variante ômicron do coronavírus.
"O acesso à Cidade Administrativa por transportes públicos também traz insegurança e medo pela alta possibilidade de contaminação com o vírus da COVID-19 e suas variantes", diz trecho do ofício.
O documento, assinado pela presidente do Sindsema, Regina Pimenta, relata, ainda, que os servidores que já retornaram às atividades presenciais na sede do governo estadual, na região Norte de Belo Horizonte, menifestam impossibilidade de fiscalização sobre uso obrigatório da máscara e falta de higienização das estações de trabalho.
A reportagem entrou em contato com a Semad, que disse que irá implementar, a partir da proxima segunda-feira (3), quando termina o decreto de calamidade pública assinado pelo governador Romeu Zema (Novo), um regime de trabalho híbrido. De acordo com a nota, o regime de teletrabalho definitivo, na modalidade de execução parcial (como é chamado no serviço público) "permite a execução do trabalho remoto e presencial em dias alternados da semana, previamente definidos entre o servidor e sua chefia imediata".
A pasta justifica a escolha com base nas necessidade de trabalho em campo e que os gestores já foram esclarecidos sobre o novo regime.
"A decisão por aderir ao regime de teletrabalho, em caráter parcial, foi amparada na própria natureza das atividades desenvolvidas nos órgãos ambientais, que não permitem a prestação desses serviços de forma totalmente remota, nas quais constituem como exemplos o tratamento de animais silvestres nas unidades dos CETRAS, a atuação constante nas unidades de conservação estaduais, o combate aos incêndios florestais, o atendimento às emergências ambientais, as fiscalizações de barragens de rejeitos e de água, bem como as fiscalizações aos recursos hídricos e florestais, dentre tantas outras", diz trecho da nota.