Por Itasat
O Governo de Minas deve oficializar, ainda no mês de janeiro, o aumento no preço da tarifa do transporte metropolitano em 13%. O reajuste é menor do que o solicitado pelas empresas de ônibus, mas superior ao que o próprio Executivo estadual gostaria.
A tarifa do sistema metropolitano varia de acordo com a linha e o itinerário. Ao todo, são 34 cidades da região metropolitana de Belo Horizonte atendidas.
Há algumas semanas, conforme mostrou a Itatiaia, as concessionárias do transporte metropolitano, por meio do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram), pediram um reajuste de 52% no preço das passagens de ônibus. As companhias alegam que tiveram um prejuízo de R$ 380 milhões por causa da pandemia e que o preço dos insumos que incidem no valor final da tarifa sofreu uma série de aumentos no último ano.
Técnicos da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), no entanto, reconheceram a necessidade de aumentar o valor da passagem em 13%, percentual semelhante ao da inflação do ano passado.
Na semana passada, o secretário Fernando Marcato disse à Itatiaia que o governo até aceitava conceder um reajuste neste percentual, já que a recomposição pelo índice de inflação faz parte do contrato.
Por ora, o Sintram nega que o reajuste esteja definido.
Repasse
A Seinfra chegou a propor um pagamento mensal de R$ 8 milhões por mês às empresas para que o valor da tarifa continuasse o mesmo, mas a proposta não foi adiante.
O principal objetivo em arcar com esse valor, que é parecido ao que é gasto com as gratuidades, era garantir que não haveria reajuste no preço das passagens em um ano eleitoral. Candidato à reeleição, Zema queria evitar algum desgaste causado pelo aumento em um serviço que atinge uma grande quantidade de pessoas.
O fato de o prefeito de Belo Horizonte ter proposto pagar as gratuidades bancadas pelas empresas concessionárias do transporte público municipal - e, com isso, reduzir a passagem de ônibus - pressionou o Governo de Minas a adotar medida semelhante, o que não deve acontecer mais.