Por Itasat
Cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) ainda nem terminaram de reparar os estragos das fortes chuvas do início de janeiro e já estão em alerta novamente. O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) prevê tempestades para o decorrer desta semana na região.
Em Brumadinho, 1.560 pessoas ficaram desalojadas e 3 mil famílias precisaram ser assistidas após a destruição de casas que desabaram ou foram tomadas pela lama com o transbordamento do rio Paraopeba. Algumas delas ainda dependem da ajuda da prefeitura, como explica a secretária de Desenvolvimento Social, Cristiane Passos.
"A cidade ainda tem muitos pontos que estão muito sujos, mas hoje a principal situação da cidade, o que a o é preocupante, são as áreas de deslizamento que nós temos na Serra do Funil, em diversos pontos na área central da cidade, nas regiões da zona rural e naquela área do Retiro do Chalé onde, infelizmente já tivemos um acidente", disse.
Betim também tem a situação preocupante. Com o retorno das chuvas, mais alguns locais correm risco de deslizamento de terra e desabamento. Segundo o superintendente de Defesa Civil da cidade, coronel Valfrido Lopes, o órgão já está monitorando essas regiões.
"O que nos preocupa é que o solo encharcado acarreta um movimento de massa. E em alguns pontos que nós já mapeamos em virtude dessa primeira chuva poderemos ter algum movimento de massa. Os moradores deste entorno nós já avisamos, estamos monitorando e faremos nova visita, para que esses moradores saiam das suas residências quando esse período se intensificar. As regiões que mais nos preocupam são a do Citrolândia e a do bairro Nossa Senhora de Fátima", alerta.
Assim como em Brumadinho, o rio Paraopeba teve pontos de transbordamento em Betim, na Colônia Santa Isabel e no bairro Citrolândia. Moradores tiveram as casas tomadas pela lama e, segundo a Defesa Civil, isso pode ocorrer novamente.
"Nós temos que considerar que se chover ao longo da calha do rio Paraopeba poderemos ter, sim, o transbordamento do rio Paraopeba na região do Citrolândia. O que nós temos naquele local? Vários moradores atuam como voluntários para Defesa Civil e estão encarregados de nos comunicar caso percebam a elevação do nível do rio Paraopeba. Aliado a isto, nossas viaturas fazem patrulhamentos rotineiros na região confirmando este nível", explicou Valfrido Lopes.