Coperlidere
RR MÍDIA 3
Mudanças

Novo Ensino Médio: 'Abismo' entre escolas públicas e particulares será maior, diz sindicato

Entendida também diz que professores da rede particular também podem ter salários reduzidos

03/02/2022 09h30
Por: Redação

Por Itasat

Embora toda a comunidade escolar concorde que o ensino médio estava ultrapassado e precisava de mudanças, o novo modelo não agrada a todos. O cenário é apresentado pela presidente do Sindicato dos Professores do Setor Privado, Valéria Morato.

De acordo com ela, entre os impactos mais preocupantes desse novo ensino médio na vida do professor, em especial da rede privada, está a possível redução da carga horária de algumas disciplinas em função da mudança curricular.

"Muitos professores, que já estão instáveis economicamente, poderão ter os seus salários reduzidos em consequência da diminuição da oferta de horas da sua disciplina", pontua.

A presidente do sindicato dos professores do setor privado também afirma que o novo ensino médio pode gerar ainda mais desigualdade entre os estudantes das redes pública e de ensino.

"Esse abismo será cada vez maior. Nós temos uma emenda constitucional, de 2016,  que congelam os gastos na educação pública. A rede privada vai investir porque vai repassar para as mensalidades. Ou seja, a iniciativa privada vai poder oferecer mais opções ao aluno", prossegue. 

Na avaliação dela, as escolas particulares vão oferecer conhecimentos formadores que vão "incrementar o preparo para ensino superior". Enquanto isso, nas escolas públicas, "um dos itinerários a ser oferecido é justamente o tecnológico".

"É um modelo que reforça o destino do aluno da escola privada a ir ao ensino superior enquanto aluno da escola pública deve se contentar com profissionalizante", completa.

Em nota, o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais diz que os professores recebem por aula dada e ressalta que a legislação prevê ajustes de carga horária conforme as garantias legais.