Por Itasat
A ocupação de leitos na Santa Casa de Belo Horizonte, no bairro Santa Efigênia, área hospitalar da capital, é próxima do limite há mais de um mês. Com o avanço de casos de pacientes com sintomas respiratórios, por covid-19 e gripe, os profissionais de saúde precisam se redobrar para atenderem os pacientes.
Segundo o superintendente de Gestão e Planejamento Assistencial da Santa Casa de BH, Pedro Macedo Souza, o cenário atual lembra o auge da pandemia, entre março e abril de 2021. Hoje a unidade tem ao todo 162 leitos, sendo 122 de enfermaria, com 93% de ocupação, e 40 de Centro de Terapia Intensiva (CTI), com 92% de ocupação.
"Em relação a perspectivas para fevereiro, o que determinará a demanda para internação é a média móvel de novos casos. Se ela continuar com esse crescimento exponencial, que tivemos em janeiro, a demanda por internação continuará crescendo", diz Paulo Souza.
Entre os internados, quase metade (48%) tem mais de 60 anos. A maioria (70%) são pessoas com comorbidades, entre elas doenças cardiovasculares, diabetes e obesidade.
Um dos pacientes internados na Santa Casa BH é o garçom e churrasqueiro João Lemes Bonfim, que não tomou nenhuma dose da vacina contra covid-19. Ele chegou a ser internado no CTI, mas vem se recuperando.
"Cheguei muito mal aqui, fui direto para o CTI, onde fiquei seis dias quase entubado e sem ar. Deixamos as coisas para depois, e, quando assustamos, é tarde. As pessoas diziam que não iriam se vacinar — eu também falei. Só que hoje vejo que não é brincadeira. Estou muito arrependido [de não ter vacinado]", disse João.