Por Itasat
Os conselheiros do Cruzeiro decidiram na noite desta segunda-feira (7), pela expulsão do ex-presidente Wagner Pires de Sá do Conselho Deliberativo do clube. Em reunião extraordinária realizada na sede do Barro Preto, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, foram computados 136 votos, sendo 113 favoráveis à exclusão, 20 contra a expulsão, um voto branco e dois nulos, segundo apuração da Itatiaia.
De acordo com informações da reportagem, 146 conselheiros assinaram presença na votação, mas nove foram embora antes de depositar o voto e houve uma abstenção. A decisão acontece após mais de dois anos da renúncia do ex-dirigente.
Wagner Pires de Sá renunciou ao cargo de presidente no fim de 2019, ano em que o Cruzeiro foi rebaixado à Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro. A gestão de Pires de Sá foi marcada por gastos exagerados com salários, serviços de terceiros, comissões a agentes e empresários, e custos fora do padrão com cartões corporativos. Em dois anos o clube celeste viu suas dívidas saltarem de R$ 400 milhões para R$ 1 bilhão, segundo dados de balancetes contábeis.
A empresa de auditorias Kroll, que fez uma investigação nas contas do Cruzeiro, apontou despesas de quase R$ 1,2 bilhão no biênio 2018/2019. Valor 53% maior do que o apresentado por Gilvan de Pinho Tavares, presidente antes do próprio Wagner Pires de Sá.
O ex-presidente se tornou réu na Justiça após denúncia oferecida pelo Ministério Público de Minas Gerais. O ex-dirigente, ao lado de Itair Machado, ex-vice de futebol, Sérgio Notato, ex-diretor-geral, além de outros empresários e envolvidos. O ex-cartola responde por crimes de lavagem de dinheiro, apropriação indébita, falsidade ideológica e organização criminosa.