Por Itasat
Em protesto ao estado de conservação do asfalto da BR-262, em Manhuaçu, bananeiras foram colocadas, nesta semana, em buracos da via, que é de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e corta o município da Zona da Mata mineira.
Este é apenas um dos diversos atos realizados por moradores, que alegam tratar-se de um problema antigo na região. O tema já foi alvo, no ano passado, inclusive de consulta pública no município. As manifestações pedem o recapeamento da via, que liga Belo Horizonte a Vitória, no Espírito Santo.
Um morador conversou com a reportagem e detalhou a situação. "Está complicado. Manhuaçu tem sido manchete dessa precariedade. Aqui tem um grande número de veículos, e o asfalto não comporta mais remendos. O trecho já é complexo para os veículos que cortam o município e está ficando intransitável."
Por meio de nota, o Dnit disse: "Os serviços de tapa-buracos estão sendo feitos, mas, nos últimos meses, os altos volumes de chuvas têm contribuído para ocorrências de buracos e causado dificuldade para a realização do serviço, que necessita das condições climáticas adequadas para a execução".
Consultado, o órgão federal se há previsão de recapeamento da via e aguarda retorno.
Dados Índice de Condição de Manutenção (ICM) do próprio Dnit, 50% da BR-262 tem situação ruim de trafegabilidade. Os dados são de dezembro de 2021 e não consideram, por exemplo, as ocorrências de chuva do início de janeiro, que demandaram desvios e interdições. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a via segue com ponto de interdição total no KM 96 em Abre Campo, após parte do asfalto ceder.
Privatização
A BR-262, junto a BR-381, são as próximas rodovias federais mineiras que vão a leilão para concessão à iniciativa privada. Serão concedidos o trecho entre Belo Horizonte (MG) e Governador Valadares (MG), da 381, e a distância entre João Monlevade (MG) até Viana, no Espírito Santo, no caso da BR-262. No total, são 686,1 quilômetros licitados, para um contrato de 30 anos.