Por Itasat
Mesmo com quilômetros de distância e bastante burocracia para atravessar a fronteira da Polônia, alguns ucranianos decidiram voltar ao país para lutar contra as tropas russas. Apenas 20 pessoas por hora conseguem chegar em Dorohusk, que fica ao leste polonês.
Ao chegar à área fronteiriça, tendas com remédios, roupas, água, banheiros químicos e alguns alimentos podem ser encontrados, além de muitos voluntários. No local, um ônibus está fazendo o transporte de refugiados até Lublin, a cerca de 40 minutos, que possui uma melhor estrutura para atendê-los.
Na região, uma família ucraniana, que não fala em inglês e nem polonês, estava tentando se comunicar para conseguir uma carona até outra cidade em busca de melhores condições.
A situação na fronteira de Dorohusk é bastante precária, mas muitos voluntários, sendo a maioria da própria Polônia, seguem fazendo o possível para atender os refugiados.
Na fronteira, também é possível observar muitos ucranianos que se mudaram para o país vizinho retornando à Ucrânia para ajudar o exército na guerra.
Mais cedo, o clima foi de comemoração após a Rússia anunciar que abriu um “cessar-fogo” temporário para que a população que reside na Ucrânia consiga deixar o país. No entanto, alguns polonês veem isso com desconfiança.
Muitos militares estão na região fronteiriça, mas os registros são proibidos para evitar a divulgação da localização caso o conflito cresça e atinja o local.
Pelo menos 65% das pessoas que deixaram a Ucrânia foram para a Polônia
Muitos chegam à Polônia sem condições financeiras para iniciar uma nova vida no país. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 1,5 milhão de pessoas deixaram a Ucrânia. Deste número, 65% seguiram para o país polonês.