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Mailton: susto em hotel com início da guerra, recuperação no Atlético e futuro indefinido

Lateral-direito que pertence ao Galo teve o contrato de empréstimo suspenso com o Metalist, da Ucrânia, e não sabe se voltará ao clube europeu

09/03/2022 10h50
Por: Redação

Por Itasat

O lateral-direito Mailton desembarcou na noite dessa terça-feira (8), no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins. Emprestado pelo Atlético ao Metalist, da Ucrânia, o jogador voltou ao Brasil após ter o contrato suspenso em função da guerra no país do Leste Europeu e passará as próximas semanas na Cidade do Galo para tratar uma lesão. 

Em entrevista à Itatiaia no aeroporto, Mailton relatou o medo que viveu com os companheiros de clube, apesar de não estarem na Ucrânia no momento da invasão da Rússia. Com o Campeonato Ucraniano paralisado devido ao forte inverno europeu, o Metalist fazia a intertemporada na Turquia. O jogador contou que eles voltariam ao país justamente no dia em que os russos iniciaram a guerra. 

“Pra gente foi uma situação bastante complicada. Todos os jogadores ucranianos passaram muito perrengue lá, tendo que se abrigar nos trens. Foi bem complicado. A gente passou força pra eles o tempo que deu, mas a gente sabia que a qualquer momento a gente teria que retornar por motivos de segurança. Agora, é manter a oração para que tudo fique bem logo e todas as famílias saiam dessa situação que o país se encontra”, disse. 

Mailton contou como ele e os companheiros ficaram sabendo que a guerra tinha começado. “A gente estava hospedado no hotel, eu e o [Matheus] Peixoto [atacante]. Tinha uma viagem marcada no dia pra retornar pra Ucrânia fazer alguns exames e tudo mais. Foram bater na porta, todo mundo desesperado no corredor falando que tinham invadido, que tinha começado de fato a guerra. E a gente foi pego de surpresa. Porque sempre falava que ia invadir, mas falava que era coisa da mídia. Acabou que aconteceu e deu muito medo em todos nós”, relatou. 

“Eles [ucranianos] relataram muita dificuldade, medo. A todo momento tinha bombardeiro na cidade, tanto que a nossa foi uma das mais afetadas por ser fronteira com a Rússia. O que a gente podia passar pra eles era confortar eles, conversando, tirando um pouco dessa tensão que estava lá. E a gente ajudou até onde pôde, mas a gente teve que ver nosso lado também de pedir pra vim antes. E resolver a nossa situação porque ninguém sabia o que ia acontecer. Sabia que o futebol não vai voltar tão cedo porque o que foi feito, querendo ou não, demora um pouco pra reconstruir de novo. E agora estão dando força pra eles aqui, orando pra que tudo fique bem logo”, completou.