Por Itasat
Quarta rodada de negociações pode não determinar o fim da invasão
Uma nova rodada de negociações entre as delegações da Rússia e da Ucrânia será realizada nesta segunda-feira (14), por videoconferência, em meio ao avanço das tropas na direção da capital Kiev. O clima no Leste europeu, onde a Itatiaia acompanha os desdobramentos da guerra, não é de otimismo, pois analistas avaliam ser difícil encontrar o meio-termo para conter a invasão russa.
Até mesmo a negociação para a criação dos corredores humanitários, que já está avançada, é questionada por parte da imprensa internacional. Isso porque, sem civis nas cidades, a Rússia teria mais argumento para intensificar os ataques.
Em vídeo divulgado nesta segunda-feira (14), o presidente Volodymyr Zelenski voltou a pedir que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) imponha uma zona de exclusão aérea, o que permitiria abater qualquer avião no espaço aéreo ucraniano. No entanto, a Otan e os Estados Unidos são contra, uma vez que essa decisão poderia significar a eclosão da terceira guerra mundial.
A tensão é muito grande, até por conta do ataque desse domingo (13) na região Oeste da Ucrânia, distante 25 quilômetros da fronteira com a Polônia, que matou mais de 40 pessoas que estavam em uma base militar.
Sem recuo
Conselheiro do presidente Volodymyr Zelenski, Mikhailo Podoliako, indica que a Ucrânia não pretende recuar, mas disse que os diálogos têm avançado.
"Não vamos ceder em princípio em nenhuma posição, a Rússia agora entende isso. [Mas] a Rússia já está começando a falar de forma construtiva", afirmou ele, em um vídeo divulgado nas redes sociais. "Acho que alcançaremos alguns resultados literalmente em questão de dias".
Segundo Podoliako, as demandas ucranianas "são o fim da guerra e a retirada das tropas". "Vejo um entendimento e há um diálogo", concluiu.
Para o negociador russo Leonid Slutski, citado pela agência de notícias RIA, as negociações fizeram progressos substanciais e pode aumentar "nos próximos dias em uma posição conjunta de ambas as delegações, em documentos para assinatura".