Por Itasat
Paulo ficou conhecido por ser um dos poucos homens transexuais que trabalhavam na polícia
O corpo policial civil Paulo Vaz, que morreu na noite de segunda-feira (14), aos 36 anos, está sendo velado desde às 7 horas da manhã desta quarta (16), no Cemitério Parque da Colina, no bairro Nova Cintra, na Região Oeste de Belo Horizonte. O agente ficou bastante conhecido nas redes sociais por ser um policial trans.
A cerimônia de despedida do ativista trans foi confirmada por um amigo, em uma publicação nas redes sociais. "A todos que pedem informações: hoje conseguimos fazer a liberação do corpo do Popó e uma rápida despedida entre amigos mais próximos. Ele recebeu muito amor. Agora segue para BH. O velório é nessa quarta no Parque da Colina", escreveu Fernando Oliveira.
Também conhecido como Popó Vaz, o policial era mineiro, mas atuava como investigador da Polícia Civil na Grande São Paulo desde 2018. As causas da morte não foram divulgadas.
Em nota, a Associação Nacional de Travestis e transexuais (Antra) destacou que Paulo era “engajado e dedicado à luta trans” e um ativista que atuava no “enfrentamento da transfobia e em defesa das pessoas transmasculinas”.
“Homem trans gay, policial civil, sempre abordava questões sobre sexualidade e gênero de forma leve e descontraída. Era uma alma doce e um coração lindo demais. Foi protagonista de uma de nossas campanhas pelo dia da visibilidade trans. Além de fazer diversas publicidades e participações em mídias e televisão sobre a visibilidade transmasculina”, diz a Antra, em nota.
Popó era casado com o youtuber PedroHMC, do canal "Põe na Roda". O ativista chegou a sofrer ataques transfóbicos nas redes sociais quando anunciou o relacionamento com Pedro. Nas redes sociais, o amigo do casal afirmou que youtuber esteve amparado por amigos e familiares desde a última segunda-feira, e confirmou a presença dele no velório em Belo Horizonte.
Pelas redes sociais, políticos, artistas e amigos próximos lamentaram a morte do policial.