RR MÍDIA 3
Coperlidere
protestos de policia

Forças policiais e Governo de Minas fecham acordo sobre manifestações

Associações e entidades que representam os policiais garantem que vão cumprir as medidas judiciais, como proibição de fechar ruas e não portar armas nos protestos

30/03/2022 09h19
Por: Redação

Por Itasat

Entidades que representam as forças policiais de Minas Gerais chegaram a um acordo com o governo estadual sobre as manifestações das forças policiais envolvendo o projeto de reajuste apresentado pelo governador Romeu Zema (Novo). 

Os integrantes das forças de segurança aceitaram cumprir as exigências da Justiça sobre os protestos. O acordo foi homologado pelo juiz da 1ª Vara de Fazenda Estadual, Michel Curi e Silva. 

"Os sindicatos e associações que figuram como requeridos, legitimamente representados nesta assentada comprometeram-se em não dar continuidade às manifestações tais como relatadas pelo autor até este momento, cabendo ao Estado desistir de quaisquer das penalidades consignadas nas decisões proferidas nestes autos", diz trecho do acordo. 

O Governo de Minas entrou na Justiça diversas vezes para proibir que os policiais obstruíssem as ruas, invadissem prédios públicos e portassem armas ou bombas durante as manifestações. No entanto, mesmo com a determinação judicial, os protestos, que reuniram milhares de pessoas, foram marcados pelo descumprimento da ordem da Justiça. Em uma das manifestações, dois jornalistas do Grupo Bandeirantes foram atingidos por bombas explodidas durante o protesto. 

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), chegou a declarar que o Estado puniria os servidores que estivessem envolvidos em "protestos ilegais". 

"Toda manifestação é um direito. Eu só quero alertar que o que não concordamos é que qualquer manifestação prejudique a vida de quem trabalha, viaja, leva o filho para a escola. O direito de ir e vir é assegurado a todo cidadão", afirmou. "Eu sou optante do legalismo. Se alguém está em greve, não está trabalhando, e essa greve é ilegal será responsabilizado por isso. Se alguém está em uma manifestação que atrapalha a vida do cidadão também", completou o governador. 

Manifestações

Os protestos de policiais começaram depois que o Governo de Minas apresentou um projeto de lei para reajustar em 10,06% os salários da categoria. A proposta também prevê o pagamento do aumento de forma retroativa a janeiro e a ampliação de uma para três as parcelas do chamado "auxílio-fardamento", que seria reajustado para cerca de R$ 2.000. 

Os integrantes das forças de segurança reivindicam o cumprimento de um acordo feito pelo próprio governador Romeu Zema em 2019, quando ele propôs um reajuste para a categoria de 41% - dividido em três parcelas. No entanto, somente a primeira parte, referente a 13% foi paga aos servidores e, as demais, canceladas. Zema reconheceu, recentemente, que essa proposta foi um erro de sua gestão.