Por Itasat
A Comissão de Educação do Senado vota, nesta terça-feira (12), requerimentos para convocação de oito pessoas para prestarem esclarecimentos sobre as denúncias de supostos pedidos de propina para a liberação de recursos no Ministério da Educação (MEC).
Dois nomes são ligados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o diretor de Ações Educacionais, Garigham Amarante Pinto e do diretor de Gestão, Articulação e Projetos Educacionais, Gabriel Vilar.
Na última quinta-feira (7), a comissão ouviu o presidente do órgão, Marcelo Lopes da Ponte, que negou qualquer envolvimento de colaboradores do fundo em corrupção na liberação de recursos para municípios. Antes dele, três prefeitos confirmaram, em depoimento, terem recebido pedidos de propina por parte de dois pastores evangélicos para facilitar a liberação de recursos do FNDE.
Os pastores citados no escândalo são Gilmar Santos e Arilton Moura. De acordo com áudio do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, o presidente Jair Bolsonaro (PL), teria dito para priorizar os pedidos deles.
Os senadores desconfiam da existência de uma espécie de "gabinete paralelo" no Ministério da Educação.
“Após alguns desdobramentos da apuração dos fatos, vieram à tona novos nomes integrantes do chamado 'Ministério da Educação paralelo'. Com efeito, o primeiro deles é o senhor Garigham Amarante Pinto, diretor de Ações Educacionais do FNDE, responsável, junto com Marcelo Ponte, pela aprovação de termo de referência e prosseguimento de licitação do FNDE para aquisição de ônibus escolares com suspeita de sobrepreço”, diz o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que pediu novos depoimentos.