Por Itasat
Além do furto de fios, de tampas de bueiros e de outros itens de metal, criminosos agora estão levando carrinhos de supermercados da Grande BH. A reportagem flagrou vários deles sendo destruídos e vendidos para ferros-velhos. Em entrevista, o gerente de operações da Rede Super Varejista, Wilton Teixeira da Silva, de 51 anos, destacou que um carrinho custa R$ 560 para a empresa e é vendido por R$ 10 pelos criminosos. Wilton informa que, em média, cinco carrinhos desaparecem da rede que ele trabalha todo mês.
“O furto de carrinhos em supermercados acontece com uma certa frequência principalmente nos centros urbanos. Nas lojas do interior essa frequência é bem menor”, explica o gerente.
Wilton destaca ainda que a Rede Super Varejista nunca fez um boletim de ocorrência em razão da dificuldade de identificação dos criminosos.
“É muito complexo para se controlar esse tipo de furto de carrinhos, porque, geralmente, os supermercados e os grandes varejistas só identificam quando fazem os inventários, que é a contagem dos carrinhos e que acontece periodicamente. Então, é bem identificar praticamente quando ocorre o episódio”, destaca.
Segurança
Procurada, a Guarda Civil de Belo Horizonte para saber se há fiscalização. Em nota, a instituição informa que não há registros de carrinhos. O texto destaca ainda que, em casos de ‘flagrante ou de solicitação de lojistas, as medidas serão adotadas conforme legislação vigente, com encaminhamento dos envolvidos até a presença da autoridade policial’.
Já a Polícia Militar (PM) informa que acompanha os crimes que ocorrem em Belo Horizonte, inclusive o roubo e o furto 24 horas por dia. Destaca ainda que, além do policiamento preventivo, são feitas operações contra a receptação, ‘com o principal objetivo de impedir a vantagem indevida com a venda do bem que foi furtado ou roubado’.
A Secretaria de Estado de Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp) destaca que não há dado específico sobre o furto de carrinhos de supermercados ‘já que eles entram nas estatísticas de furtos em geral’.