Por Itasat
A cada aplicação de 100 testes RT-PCR, em Minas Gerais, apenas quatro resultados são positivos. A informação é do secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, que concedeu entrevista, nesta segunda-feira (2). Segundo o chefe da pasta, o risco de contaminação da doença é muito inferior ao registrado anteriormente pelo Estado. “Nós estamos tendo uma fila cada vez menor, número de pacientes cada vez menor. Nós temos 100 pacientes internados com suspeita de covid no estado para mais de 2,7 mil leitos. É muito pouco”, disse.
Apesar disso, com a queda das temperaturas, comuns no outono e no inverno, o número de casos da doença deve aumentar. “A gente está observando e não tem nenhum fator que nos preocupe nos próximos dias. O que que vai acontecer? Não podemos ficar tão preocupados, mas deve ter um aumento de casos no decorrer dos próximos meses, por ser um mês de outono para o inverno, isso com a gripe também vai acontecer. Vai chegar aquelas frentes frias. Mas o importante é que o número de casos como nós tivemos em janeiro e fevereiro com a Ômicron, o número de óbitos como no ano passado, chegamos a mais de 500 óbitos por dia, isso provavelmente não vai acontecer”, destacou.
O secretário ainda acrescentou: “Podemos ir voltando à vida à normalidade. É importante esse passo. Eu vou falar que nós somos muito conservadores, mas nós somos coerentes, a gente vem observando cada cenário. E a gente está sempre olhando pra fora do país e, geralmente as novas cepas, de gripe ou de covid, vem fora do país”.
Emergência em saúde
Conforme Baccheretti, Minas ainda não tem previsão para o fim do estado de emergência em saúde provocado pela Covid-19. “Diante disso, a pandemia classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a gente não reclassifica a pandemia em Minas, mas a gente está em níveis que a gente tem uma expectativa de ser como se fosse uma endemia mesmo. A cada outono, inverno, há um aumento de casos, e, no decorrer do ano, a gente tem queda de casos. É algo natural de acontecer. A emergência em saúde continua no estado de Minas no mês de maio. Não há nenhum risco, nenhuma pressa pra gente tirar. Mas isso deve também acontecer logo, a gente sair da emergência que não vai afetar em nada o nosso combate à pandemia”, afirmou.
No decorrer da entrevista, o secretário explicou ainda que o Hospital Júlia Kubitschek volta a internar no pronto atendimento das enfermarias, pacientes das UPAS, e, em julho, novos médicos devem ser contratados. “Ao todo são cerca de R$ 50 milhões de investimentos”, disse. A previsão é de que o bloco cirúrgico fique pronto daqui há três meses, assim como sete salas e a reforma de todas as enfermarias.
Gripe e Sarampo
Além disso, o secretário fez um alerta sobre o número de vacinados contra a gripe. De acordo com Baccheretti, apenas um a cada quatro idosos acima de 60 anos foram imunizados contra a doença.
Sobre o sarampo, responsáveis por crianças com idades entre seis meses e 5 anos devem levá-las para vacinar em postos de saúde. “Eu como médico não vi nenhum caso de sarampo durante toda a minha na faculdade, porque era erradicada e ela voltou por falta de vacinação”, concluiu o secretário.