Por Itasat
Em reunião realizada na noite desta quinta-feira, na sede de Lourdes, região Centro-Sul de Belo Horizonte, os conselheiros do Atlético aprovaram, por unanimidade, o balanço financeiro do clube referente à temporada 2021. No ano passado, o Galo registrou lucro de R$ 101 milhões e reduziu a dívida para R$ 1,184 bilhão – considerando as renegociações com Ricardo Guimarães e família e com o Supermercados BH e na troca do Profut pelo Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos).
Com a família Guimarães, o Atlético reduziu em R$ 65 milhões a dívida. O valor foi abatido com o patrocínio master no espaço central do peito das camisas de jogo da equipe principal durante o período de 78 meses contados a partir de janeiro de 2022. O débito com o Supermercados BH, que era de R$ 12 milhões, foi liquidado com a exibição da marca na barra traseira do uniforme durante 60 meses em acordo válido também a partir de janeiro de 2022.
Já o valor referente às dívidas com a União caiu R$ 51,414 milhões após a mudança do Profut para o Perse.
Segundo o Atlético, os três acordos não puderam ser incluídos no balanço de 2021 para abater o valor global da dívida por orientação da consultoria BDO, que realizou a auditoria das contas do clube.
Em 2021, o Atlético arrecadou R$ 757 milhões no total. A receita operacional, que excluem a venda do Diamond (em 2020) e receitas com valorização de ativos imobiliários (Diamond e Arena MRV), subiram de R$ 301 milhões, na temporada retrasada, para R$ 505 milhões. Delas, 55% vieram de transmissão e premiação e 20% de transferências de atletas.
Por outro lado, os custos operacionais aumentaram de R$ 285 milhões em 2020 para R$ 377 milhões no ano passado.
Com relação à venda de jogadores, o clube alvinegro obteve R$ 99 milhões no ano passado contra R$ 28 milhões em 2020.
Outro aspecto abordado no documento é o ganho com transmissão e premiação. Em 2017, o valor atingido foi de R$ 108 milhões. Na última temporada, por sua vez, de R$ 279 milhões. O crescimento anual foi de 27%.
Venda do Diamond Mall
Durante o encontro desta quinta-feira, o tema Diamond Mall foi tratado de forma leve e não foi o foco da reunião, que abordou apenas a aprovação das contas de 2021. O presidente do Atlético, Sérgio Coelho, pediu aos conselheiros para refletirem sobre o assunto.
A expectativa é que a reunião do Conselho Deliberativo do Galo para votar sobre a venda os 49,9% do shopping Diamond Mall aconteça em junho. A alienação do restante do imóvel que o clube ainda detém é vista pela atual diretoria com a saída para quitar as dívidas onerosas (com bancos, fornecedores e empresários) e reduzir drasticamente os juros pagos anualmente gerados por esses débitos.
Nas próximas semanas, os conselheiros devem receber um documento com um estudo feito pela Ernst & Young que aponta a importância da venda do Diamond Mall para o Atlético.