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Professores da UFMG são detidos no Aeroporto Internacional do México

Docentes desembarcaram, na cidade para participarem da 9ª Conferência Latino-Americana e Caribenha de Ciências Sociais. Professora alega problemas na documentação

07/06/2022 09h28
Por: Redação

Com Itasat

Professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foram presos no Aeroporto Internacional da Cidade do México, após desembarcarem para um evento acadêmico, no último fim de semana.

No sábado (4), a professora Graziela Mello contou que foi barrada quando desembarcou na Cidade do México para apresentar um trabalho na 9ª Conferência Latino-Americana e Caribenha de Ciências Sociais, organizada pelo Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais (Clacso).

Este ano, o evento ocorre de 7 a 10 de junho, na Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM). O tema desta edição é “Desigualdades na América Latina e Caribe”.

“Depois de pelo menos uma hora de espera na fila do controle de passaporte, a polícia mexicana sem me dizer o porquê reteve o meu passaporte e me conduziu para uma sala branca , onde eu não podia nem me comunicar por celular”, contou a professora.

Ela relatou que, após uma hora sem saber o que havia acontecido, ela foi chamada para outra sala. “Perguntei o porquê do procedimento, o que estava acontecendo. Ele me disse que tudo isso foi porque no formulário que preenchi no sistema de entrada no país coloquei ‘de’ Mello Vianna e no meu passaporte estava apenas ‘Mello Vianna’”, relatou.

Ela ainda compartilhou nas redes sociais que perdeu o 'transfer' para o hotel e uma diária. “Tudo está bem, mas tudo muito desnecessário… 24h de viagem e mais esse tempo de suspense… Não precisava”, desabafou.

12 horas detido

Nessa segunda (6), o professor Elias Santos também publicou, nas redes sociais, um depoimento sobre o ocorrido. “Depois de 12h presos no Serviço de Imigração do Aeroporto do México de forma equivocada, sem nenhuma entrevista, saímos e estamos sem retorno das nossas malas”, disse.

Ele e a companheira, Maria Beatriz, ficaram detidos das 4 da manhã até às 16h. “Um absurdo”, completou o docente.

A colega Graziela ainda fez um apelo: “Torço para que os pesquisadores brasileiros que ainda vão chegar para a Clacso não passem por uma situação parecida e possam encontrar as cores do México livremente, sem passar por esse pesadelo”, disse.

A reportagem da Itatiaia entrou em contato com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e com o Itamaraty e aguarda um posicionamento.