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Caso de polícia

Presidente e vice da Câmara de Brumadinho recebem ameaças de morte

Após eleição conturbada da Mesa Diretora, Câmara Municipal de Brumadinho se tornou caso de polícia

14/07/2022 10h42
Por: Redação

Com Itasat

O presidente da Câmara de Brumadinho, vereador Daniel Hilário (Cidadania), e o vereador Guilherme Morais (PV) registraram um boletim de ocorrência na noite de quarta-feira (13), após terem recebido ameaças de morte.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, os vereadores dizem que receberam mensagens e um vídeo de um homem com uma arma pelo WhatsApp.

Na conversa mostrada pelos dois parlamentares, o homem faz várias ameaças: “Essa presidência não vai sair barato pro cê cara” (SIC), “cê tá cassando confusão comigo Daniel do Brumado” (SIC). Em seguida, ele manda um vídeo com uma arma de fogo dentro de um carro.

“Um momento tão triste, tanto para mim quanto para o vereador Guilherme. Nós acabamos de sair do quartel da Polícia Militar, registramos dois boletins de ocorrência. Depois da eleição de segunda-feira, que elegeu a Mesa Diretora para o próximo biênio, eu fui eleito presidente e o Guilherme Moraes foi eleito vice-presidente, nós recebemos algumas denúncias. E hoje, infelizmente, essas denúncias ficaram mais graves. Eu recebi agora no final da tarde um vídeo, de uma pessoa em um carro, com uma arma de fogo, falando que ia me matar”, contou Daniel Hilário.

Eleição conturbada

Na segunda-feira (11), a eleição antecipada para a Mesa Diretora da Câmara de Brumadinho se tornou caso de polícia.

Dois vereadores afirmaram que tiveram documentos fraudados com pedidos de renúncias falsas e por isso foram impedidos de votar. Daniel Hilário foi reeleito para a presidência da Casa e Guilherme Morais foi eleito vice-presidente.

Segundo a Mesa Diretora, dois pedidos de renúncia dos vereadores Vanderlei Rosa de Castro (PV) e Valcir Carlos Martins (PV) foram protocolados na Casa na sexta-feira (8) e eles ficaram impedidos de participar da votação para o comando da Câmara nos próximos dois anos (biênio de 2023-2024).

Os dois afirmam que foram pegos de surpresa na hora da sessão e negam que tenham renunciado. “O documento foi fraudado. Como que eu vou pedir uma renúncia? Estou no quarto mandato, sempre honrei com meus compromissos. Já fizemos um boletim de ocorrência na delegacia e vamos apurar o que houve”, afirma Vanderlei Rosa, conhecido como Xodó.

Segundo o vereador, o ato foi uma “maldade” do atual presidente da Câmara, Daniel Hilário de Lima Freitas (Cidadania). “Não houve renúncia. Houve uma maldade do presidente. Anteciparam a eleição da Mesa Diretora que era para acontecer em dezembro. Ele antecipou para fazer do jeito dele. Fiquei surpreso com a notícia, na hora da votação, que eu tinha renunciado. O que não era verdade”, disse Valcir.

Sem a presença dos dois vereadores que teriam renunciado, a eleição ficou empatada. Cinco votos para a reeleição do atual presidente, Daniel Hilário, e outros cinco votos para o vereador Ricardo Tejucana (PSL). O critério de desempate foi o número de votos que cada parlamentar recebeu nas urnas, dessa forma, Daniel Hilário foi reeleito.

Questionado sobre o motivo da antecipação da eleição da Mesa Diretora da Câmara para o biênio 2023 e 2024, o atual presidente afirmou que esse ato é comum em algumas câmaras, mas não explicou o motivo de tal antecipação.

“A nossa era para acontecer em dezembro, mas mudamos o regimento e a lei orgânica para antecipar. É comum em algumas Câmaras fazer isso. Mas a proposta de alteração da data não foi minha. É uma questão interna deles, seguiu todos os ritos, pediram alteração e do regimento”, disse.