Coperlidere
RR MÍDIA 3
pesquisa

Diferença entre Lula e Bolsonaro cai para 8 pontos, mostra pesquisa Quaest

Diretor da Quaest, Felipe Nunes, avalia que melhora da avaliação do governo contribui para melhoria de cenário para Bolsonaro

15/09/2022 09h21
Por: Redação

Com Itasat

Faltando pouco menos de três semanas para o primeiro turno, a diferença entre os dois principais candidatos à Presidência da República caiu de 10 para oito pontos percentuais, revela pesquisa Genial/Quaest publicada na noite desta quarta-feira (14). Se, na semana passada, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) marcava 44%, segundo o levantamento, ontem, ele tem 42% das intenções de voto. O candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL) segue estagnado com 34%.

Para o diretor do Instituto Quaest, o cientista político Felipe Nunes, a oscilação negativa de Lula pode ser explicada por alguns fatores.

"Mesmo sendo na margem de erro, é importante destacar quais sub-grupos se moveram. Lula oscilou negativamente no público de renda média. Passou de 42% para 37% entre quem recebe de 2 a 5 salários mínimos de renda total familiar. Já a vantagem de 25 pontos de Lula sobre Bolsonaro se manteve no público de baixa renda", explica.

Outro ponto levantado por Nunes é a melhora na avaliação do governo de Bolsonaro.

"A diminuição da distância entre Lula e Bolsonaro veio acompanhada de uma melhora na imagem do governo federal", afirma. "A avaliação negativa caiu, chegando a 38%, e a avaliação positiva se manteve nos 32%. Também melhorou a expectativa sobre a economia no próximo ano. O ambiente melhorou para o presidente, e só não melhorou mais porque os preços dos alimentos continuam altos, o que atinge mais diretamente a população de baixa renda", avalia.

Já o Auxílio Brasil, apontado como trunfo eleitoral de Bolsonaro, não impactou a pesquisa.

"Vai ficando cada vez mais claro o impacto eleitoral nulo do Auxílio Brasil. A distância entre Lula e Bolsonaro entre quem recebe o auxílio se mantém próximo dos 25 pontos. Entre a população de baixa renda, o sentimento não é de melhoria no preço dos alimentos. A classe média e classe média alta é que estão sentindo efeitos econômicos mais positivos, daí a diminuição da diferença entre Lula e Bolsonaro nesses estratos", completa.