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Minas Gerais

Hospital João XXIII é referência na ampliação da Rede Estadual de Atenção ao Paciente Queimado

Mais 18 cidades serão integradas; Centro de Tratamento da unidade recebe visitas técnicas e oferece apoio para estruturação da Linha de Cuidado

15/03/2023 11h56
Por: Redação
Fonte: Secom Minas Gerais
Fhemig / Divulgação
Fhemig / Divulgação

O Centro de Tratamento de Queimados Professor Ivo Pitanguy (CTQ), pertencente ao Hospital João XXIII (HJXXIII), da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) , atua como principal referência na ampliação da Rede Estadual de Atenção ao Queimado, conduzida pela Coordenação Estadual de Atenção às Urgências e Emergências da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG)

Equipes do setor oferecem apoio para a estruturação da Linha de Cuidado da assistência ao paciente queimado, recebendo visitas técnicas das equipes dos hospitais que estão iniciando o atendimento ou necessitam aprimorar o conhecimento. 

O projeto é executado na Política Hospitalar Valora Minas, que visa qualificar, ampliar o acesso e responder às demandas e necessidades da população mineira, mediante organização das redes de atenção de saúde e otimização da alocação de recursos para este fim.

Adesão 

A adesão à Linha de Cuidado, feita por meio de um credenciamento, permite à instituição se tornar referência para o tratamento de queimados em seu território, com previsão de recebimento de recurso estadual para complementação do custeio da internação hospitalar em leitos clínicos e de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). 

“Uma vez credenciada pelo Estado, a instituição deverá contar com equipe multiprofissional, formada por médico (preferencialmente cirurgião geral), enfermeiro com conhecimento na assistência ao paciente queimado e equipe de enfermagem”, explica a enfermeira referência técnica da Coordenação Estadual de Atenção às Urgências e Emergências, Diovana Faustino. 

Os hospitais credenciados como novos Centros de Tratamento de Queimados na Rede Estadual são em sua maioria do tipo 2, que permite a admissão de pacientes com queimaduras parciais de 2º grau (15% a 20% em do corpo em adultos e 10% a 15% em crianças, gestantes e idosos), e queimaduras de 3º grau (em menos de 10% do corpo), além de serem responsáveis pelo primeiro atendimento e estabilização do paciente , até que ele tenha acesso a um Centro de Alta Complexidade. 

Alta complexidade 

O HJXXIII, que completa 50 anos em abril, é o único da rede classificado como tipo 1A, com leitos e equipes exclusivas para tratamento de queimados de alta complexidade. O seu CTQ atende cerca de 1,5 mil pacientes queimados por ano.

A cirurgiã do CTQ do HJXXIII e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ), Kelly Araújo, está recebendo as equipes dos novos centros para visitas de benchmarking. “As equipes vêm conhecer nossa estrutura e rotina diária, e  apresentamos as peculiaridades do setor, logística e também elucidamos dúvidas sobre os processos de trabalho. As visitas serão realizadas até abril”, conta. 

De acordo com a médica, um novo protocolo de orientações para ser utilizado nos centros de tratamento está sendo desenvolvido.

Para o gerente médico do Complexo Hospitalar de Urgência e Emergência da Fhemig, Rodrigo Muzzi, que também está à frente do projeto, a participação do HJXXIII na ampliação desta rede é muito importante, pela estrutura de ponta oferecida e a expertise das equipes da unidade. 

“Participar da formação destes novos centros de tratamento nos permite passar adiante o conhecimento adquirido ao longo de tantos anos de intenso trabalho, para que agora novos hospitais obtenham as próprias experiências”, avalia o profissional. 

Fluxos assistenciais 

De acordo com Diovana Faustino, a estruturação da Linha de Cuidado de Assistência ao Paciente Queimado surgiu devido à necessidade de definição e pactuação dos fluxos assistenciais e regulatórios. 

“Era preciso realizar um monitoramento da fila única para acesso aos leitos hospitalares da Rede de Atenção à Saúde, com o objetivo de gerar um atendimento qualificado e em tempo oportuno do paciente médio e grande queimado, por meio da regulação do acesso macrorregional aos serviços”, explica a profissional. 

São 18 cidades que passarão a fazer parte da Rede Estadual de Atenção ao Queimado, sendo Belo Horizonte e Uberlândia com os Centros de Tratamento de Queimados 1A e 1B, respectivamente, somados aos 16 que contam com os hospitais do tipo 2: São Sebastião do Paraíso, Caratinga, Três Pontas, Diamantina, Pirapora, Carangola, Patos de Minas, Teófilo Otoni, Pouso Alegre, Poços de Caldas, Montes Claros, Uberaba, Pará de Minas, Barbacena, Itabira e Itajubá- totalizando 20 hospitais credenciados como Centros de Tratamento de Queimados. 

“Os critérios para definição dos hospitais consideraram o princípio da regionalização do acesso e a sua classificação no Programa Rede Resposta às Urgências e Emergências, considerando que é preciso haver equipe assistencial compatível com a necessidade assistencial do paciente queimado, assim como estrutura física e equipamentos”, finaliza Diovana.