O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o Ministério Público Federal (MPF) e as policiais Civil e Militar deflagraram na manhã desta quarta-feira a Operação Capina para cumprir mandados de prisão e busca e apreensão em empresas e residências de investigados de desviar recursos públicos da Prefeitura de Pouso Alegre, no Sul de Minas.
Segundo as investigações, a organização criminosa praticou fraude à licitação, peculato (uso indevido do dinheiro público), por meio de pagamentos feitos por serviços de locação de mão de obra não prestados, e lavagem de dinheiro. De acordo com a apuração, o grupo desviou mais de R$ 13 milhões.
Os mandados de prisão foram cumpridos contra pai e filho donos de uma empresa que prestou serviços de limpeza urbana para a prefeitura entre os anos de 2009 e 2016. Porém, a empresa não tinha nem funcionários e nem equipamentos. O filho foi preso e o pai, que está viajando, tem até às 18h para se entregar. Ainda não se sabe quais funcionários da prefeitura faziam parte o esquema. A investigação continua.
A atuação se deu por meio da 5ª Promotoria de Justiça de Pouso Alegre, do Grupo Especial de Defesa do Patrimônio Público (GEPP) e do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) - Núcleo Pouso Alegre -, do 1º Ofício da Procuradoria da República em Pouso Alegre, com o apoio da Polícia Civil de Minas Gerais, por meio do Grupo de Operação Policial (GOP) ligado ao Núcleo de Combate à Corrupção do MPMG, e a Polícia Militar do Estado de Minas Gerais.
Participaram da operação quatro promotores de Justiça, um procurador da República, um delegado, cinco investigadores e um escrivão da Polícia Civil e doze policiais militares de Pouso Alegre.