‘Não vamos cruzeirar’, diz Sette Câmara ao justificar maus resultados em seu mandato

Em seu último ano de mandato, o presidente Sérgio Sette Câmara ainda não conquistou um título. Com as eliminações recentes na Copa do Brasil e na Sul-Americana, restaram apenas o Campeonato Mineiro e o Brasileirão para o clube. Para justificar os maus resultados, o mandatário alvinegro alegou que assumiu o Galo em situação financeira pior a que atravessa atualmente o Cruzeiro e aproveitou para cutucar o rival: ‘Não vamos cruzeirar’.

Sette Câmara garantiu que não fará loucuras em sua gestão para reforçar a equipe com dinheiro que não tem. “Recebemos o Atlético em uma situação muito pior do que o nosso adversário estava do ponto de vista financeiro. Mas nós não fizemos loucuras, não saímos fazendo contratações como muita gente pede e insiste para serem feitas, criando expectativas que não se realizam e que depois viram frustrações. E nós é que somos alvo de críticas por conta disso”, disse.

“Sofri muito, mas aqui no Atlético nós não vamos cruzeirar, significa dizer que não vamos fazer nenhum tipo de loucura, nenhum tipo de contratação que esteja acima das condições do clube e não vamos deixar acontecer no Atlético o que aconteceu do lado de lá. Até o último dia em que eu estiver aqui, junto com o Lásaro, o torcedor pode ter certeza que o clube estará muito bem cuidado, com responsabilidade. Peço desculpa se o resultado não vem, porque a parte de gestão do clube está sendo muito bem cuidada, mesmo diante de todas as dificuldades que estamos enfrentando”, acrescentou.

Após conquistar o bicampeonato da Copa do Brasil 2017/2018 com um elenco caro, o Cruzeiro reforçou ainda mais a equipe em 2019 com mais jogadores de qualidade, como Rodriguinho e Pedro Rocha. No entanto, os resultados não se repetiram e o clube foi rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro pela primeira vez em sua história.

Sem dinheiro, após a cota de TV despencar vertiginosamente e pelo fato de a diretoria ter antecipado parte da grana da TV no Brasileirão até 2022, o Cruzeiro teve que se desfazer de muitos atletas e viu as dívidas saltarem nos últimos anos e superarem os R$ 800 milhões, de acordo com o último levantamento do Núcleo Dirigente Transitório celeste.