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Pressão

Ainda sem definir reajuste a servidores, Zema sofre pressão na Assembleia de Minas

Divergências

04/03/2020 09h14
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A primeira reunião no plenário da Assembleia Legislativa de Minas após a parada para o Carnaval foi marcada por debates em torno do projeto de reajuste de salários de servidores do estado. A pressão em torno do governador Romeu Zema (Novo) aumenta. Ele tem até o dia 17 para decidir se sanciona ou veta a proposta aprovada, que prevê reajuste de cerca de 42% para as forças de segurança e de índices menores para outras categorias. 

A possibilidade de aumento tem sido criticada até por aliados, como o PSDB, que lidera o bloco do governo na Assembleia. O governador de São Paulo, João Dória, classificou a proposta de ‘erro operacional e fiscal’. O deputado federal Paulo Abi-Ackel, presidente do partido em Minas, disse que seria mais prudente se Zema vetasse todos os reajustes, incluindo o dos policiais. 

A pressão também vem de dentro do próprio partido do governador. O Diretório Nacional do Novo criticou o aumento e entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal para inviabilizar o reajuste.

O deputado André Quintão (PT), líder do bloco da oposição na Assembleia, disse que Zema está pressionado e que isso desestabiliza o governo, mas que o acordo feito anteriormente deve ser respeitado.

“Se o governador encaminhou à Assembleia o acordo com as forças de segurança é porque ele tinha em mãos elementos que garantiriam pagamento. Portanto, não vejo razão para o veto. Essa pressão do Novo e de outros governadores desestabiliza e cria problemas difíceis para o governador, uma vez que ele fez um acordo e o seu próprio partido, com uma ação no Supremo e também com ação de aliados, busca inviabilizar o cumprimento desse acordo”, disse Quintão.