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Pressão aumenta

Mudança no governo Zema já recebe críticas, mas promessa é de diálogo com a Assembleia

Pressionado

13/03/2020 09h40
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O anúncio da mudança no secretariado do governo de Romeu Zema (Novo), feito pelo executivo Estadual por meio de nota nesta quinta-feira, repercute negativamente entre parlamentares e entidades que representam a segurança pública. Igor Eto (Novo), atual secretário-geral substitui Bilac Pinto na Secretaria de Governo, e o vereador de Belo Horizonte, Matheus Simões (Novo) vai para Secretaria Geral fazer a articulação entre as pastas do executivo.

O vice-presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas (Aspra), Sargento Marco Antônio Bahia, acredita que essa mudança fecha as portas para qualquer negociação com os servidores. “Nós entendemos que o governo ao nomear esses dois secretários, que nunca debateram conosco, está dando sinal claro que não quer conversa com a categoria. E isso para nós é com certeza uma afronta à própria segurança pública e aos deputados da casa”, disse.

Na avaliação do deputado Sargento Rodrigues (PTB), um dos que defende agora a derrubada dos vetos do governador para o aumento da segurança, Zema se isolou e pode ter ainda mais baixas no governo. “Infelizmente o governador se fechou no seu mundinho com um grupo de pessoas que não conhece a vida pública, que não tem experiência na política. As decisões tomadas fecham as últimas frestas que tinham na articulação política. Errou gravemente o governador”. 

Para o vice-líder do governo na Assembleia, o deputado Guilherme da Cunha (Novo), as mudanças no secretariado passam uma mensagem de um desejo do governador de um diálogo mais próximo com os deputados. “O Igor Eto sempre foi a pessoa que mais conta com a intimidade e a confiança do governador. Escalar ele para conduzir as conversas com assembleias e os demais poderes significa o governador desejando que esse diálogo seja ainda mais próximo e mais ágil para conseguir aprovar as reformas que vão ser determinantes para tirar Minas da crise”, finaliza.