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Coronavírus

Sem mortes confirmadas, governo de Minas nega subnotificações de óbitos por covid-19

Resposta à relatos

27/03/2020 08h37
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Apesar de a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) ainda não ter confirmado mortes por coronavírus no estado, trabalhadores das funerárias de Belo Horizonte acreditam em subnotificação de óbitos causados pela covid-19. 

De acordo com alguns profissionais, nos últimos dias, houve aumento no número de pessoas que morreram por insuficiência respiratória, um dos sintomas da Covid-19. Conforme relatos, antes, uma empresa que recebia, em média, dois corpos por semana, passou a registrar até cinco por dia. Um agente funerário, que não será identificado, aponta divergência no resultado de autópsias. 

"A gente tem que trabalhar, fazer nossa obrigação de ajudar a população, mas de quinta-feira para cá está muito estranho. Estamos fazendo as remoções dos corpos e nos óbitos eles colocam que as pessoas faleceram por problemas respiratórios agudos. Quando você chega no corpo, alguns tem escrito suspeita de Covid-19", destaca. 

Em resposta, o subsecretário de Vigilância em Saúde do governo de Minas, Dario Brock Ramalho, nega que haja subnotificações de mortes e explica que o aumento no número de certidões de óbito por insuficiência respiratória ocorre porque, devido à pandemia, "a partir de agora a suspeita de mortes por covid-19 vai ser atônica". 

"As pessoas morrem naturalmente por pneumonia, por influenza, por meningite, por uma série de doenças. É natural que a partir de agora os médicos façam a suspeição de que esse óbito possa ter ocorrido por causa da covid-19. É possível que os números de exames, atestados de óbito e notificações aumentem sem que necessariamente essa pessoa tenha morrido pela covid-19", explica.

Conforme balanço divulgado nessa quinta-feira (26), pela SES-MG, Minas tem 153 casos confirmados do novo coronavírus. Uma nova atualização deverá ser divulgada na manhã desta sexta-feira. No Brasil, o número de mortos por subiu para 77, conforme o Ministério da Saúde. São 2.915 casos confirmados.