RR MÍDIA 3
OPINIÃO FOLHA

Solidariedade, esperança e os abutres

O cidadão não é bobo. Aliás, ele é do bem, da luta e saberá separar na hora certa o líder dos abutres.

03/04/2020 10h31
Por: Redação

O mundo contemporâneo está vivendo uma crise sem precedentes. A Covid-19 ou novo coronavírus provoca medo nas pessoas, incertezas e quedas na economia, e fomenta tristes estatísticas de infectados e mortos em centenas de países.

 

O Brasil, Minas Gerais e Sete Lagoas não ficaram imunes a esta pandemia. Em nossa cidade as ações estão sendo controladas pelo Comitê de Gestão de Crise com apoio do Comitê de Operações Especiais da Saúde.  As decisões não são fáceis, mas estão sendo entendidas e respeitadas pela maioria dos sete-lagoanos. Fechar escolas, repartições públicas e o comércio foi uma escolha acertada diante de uma ameaça que pode matar em grande escala.

Serviços públicos essenciais continuam em pleno funcionamento e estabelecimentos imprescindíveis ao consumidor estão abertos. Neste momento é preciso equilíbrio e principalmente solidariedade com quem tem que sair de casa para trabalhar. Lembre-se que o seu isolamento domiciliar é uma questão de segurança epidemiológica, então a presença nas ruas deve ser apenas de quem precisa garantir o funcionamento de estabelecimentos e serviços essenciais. Seguir essa lógica é ser solidário.

A vida não está fácil, mas experiências mundo afora provam quem países, estados e cidades que decidiram por medidas radicais conseguiram diminuir consideravelmente os efeitos devastadores dessa doença. Sete Lagoas é uma cidade polo que carrega em sua estrutura de saúde pública mais de 35 municípios, uma responsabilidade e tanto.

A rotina mudou, as responsabilidades aumentaram, mas a crença em um cenário mais otimista alimenta a esperança de todos. Porém, na contramão desse período de união, colaboração, fé e solidariedade alguns indicativos e fatos revelam a ação oportunista de criminosos e atitudes baixas dos abutres da política local.

Quanto as criminosos basta acompanhar os registros de ocorrências policiais de crimes de maior potencial. Homicídios estão sendo cometidos, arrombamentos e assaltos ocorrem em um momento que as ruas estão vazias e vítimas se tornam mais vulneráveis. Uma covardia peculiar de quem enfrenta a lei e faz mal ao próximo. Polícia neles!

Agora, quanto aos abutres da política. Eles não levam em consideração o mal que assola a vidas das pessoas e apenas pincelam notícias relacionadas ao poder público para tentar distorcer o seu sentido. Tentam promover o desgaste político de quem lidera o Executivo Municipal pelo simples objetivo de ganhar o poder pelo poder. Pensam na eleição municipal do dia 4 de outubro, mas não visualizam a dura caminhada que os sete-lagoanos terão que enfrentar até lá.

O cidadão não é bobo. Aliás, ele é do bem, da luta e saberá separar na hora certa o líder dos abutres.