Zema diz ser impossível saber quando vai pagar servidores: ‘Na hora que o recurso entrar’

Por Itasat

O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), afirmou na tarde desta terça-feira, em entrevista, não ter previsão de quando os servidores públicos receberão o salário neste mês, pois entrou menos dinheiro no caixa estadual devido à pandemia de covid-19. As exceções são os trabalhadores da saúde e da segurança, que terão o vencimento integral à disposição nesta quinta-feira (9).

“O estado, num mês normal, tinha sempre uma arrecadação que se repetia de janeiro a dezembro. E nos últimos 15, 20 dias assistimos a uma situação excepcional e imprevisível. A média diária de arrecadação caiu drasticamente. O meu trabalho está focado em fazer o pagamento o quanto antes. Temos de pagar na hora que o recurso entrar no cofre. Eu peço essa compreensão”, disse.

Os municípios também esperam um pagamento do governo, referente ao parcelamento da dívida do estado para com eles. “Queremos continuar pagando. Vai depender da nossa arrecadação. Este mês está imprevisível”, relatou o governador.

A solução para o depósito dos salários em dia por alguns meses seria a venda dos direitos de exploração do nióbio, adiada duas vezes. A primeira no fim do ano passado, devido à perda de valor de mercado por causa da possibilidade de a negociação parar na Justiça. A segunda, no primeiro trimeste deste ano, devido à pandemia, que tem causado prejuízos na economia mundial e quedas nas bolsas de valores.

Como noticiado há duas semanas, a saída que o Governo de Minas tenta é vender os direitos para os bancos do governo federal: a Caixa Econômica, o Banco do Brasil e o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES).

“Ela (a operação) não está descartada, mas quem acompanha qualquer tipo de noticiário sabe que o mercado financeiro está praticamente todo paralisado, mas já estamos conversando com bancos oficiais para que eles venham a assumir essa operação”, confirmou.