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Coronavírus

''Estamos achatando a curva'', diz Zema ao entregar 2ª fase do hospital de campanha em BH

Estrutura temporária para enfrentar pandemia de coronavírus tem capacidade para 768 leitos e vai começar a receber pacientes no fim deste mês

15/04/2020 14h48
Por:
Por EM
 
"A curva do coronavírus está ficando horizontal", afirmou o Governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), na manhã desta quarta-feira (15), durante a entrega da segunda etapa da construção do hospital de campanha do Expominas, Região Oeste de Belo Horizonte.
 
"Apenas 4% dos leitos de UTI do estado estão ocupados por pacientes com COVID-19 nesse momento, o que indica que as medidas de isolamento em Minas estão funcionando", comemorou. 
 
O hospital, nas palavras do governador, é uma espécie de "reserva" do sistema de saúde para o enfrentamento do surto de COVID-19 "Não podemos enfrentar uma crise dessas sem estepe. Ninguém viaja sem estepe", comparou.
 
No Expominas, Zema também destacou que o isolamento social no estado não deve terminar antes de junho. "Tudo que nós falarmos agora sobre o coronavírus está sujeito à mudança. (...) Como está indo até agora é muito provável que até junho nenhuma atividade com aglomeração volte. É provável que as aulas não voltem", disse o governador.
 
Hospital de Campanha
 
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), a estrutura temporária de 18mil m² já conta 288 leitos - um terço do total previsto, que é de 768 leitos: 740 de enfermaria e 28 de estabilização. As vagas foram divididas em três blocos. O amarelo é o entregue entregue nesta quarta (260 leitos de enfermaria, 28 de estabilização). O Azul terá 220 leitos e o Verde, 260, todos de enfermaria. 
O local também já tem mobiliário, enxoval hospitalar, adequações elétricas, rede de esgoto e instalações gasométricas.
 
Segundo o Comandante Geral da Polícia Militar de Minas Gerais, Geovanne Gomes, mais de mil agentes da PM e bombeiros foram mobilizados para erguer o hospital, que deve começar a receber pacientes no fim de abril.
 
A idéia, explica o militar, é que o Expominas atenda infectados em recuperação, de maneira a liberar os leitos dos hospitais tradicionais para tratamento de quadros mais graves.
"O melhor é que não entrada do paciente aqui não seja necessária. Mas, se entrarem, eles terão a qualidade do tratamento que merecem", comentou o comandante.
 
O custo da iniciativa foi bancada com recursos do estado e Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), que doou cerca de R$ 500 mil.