Por Itasat
A Espanha confirmou neste domingo o menor número de mortes causadas pela covid-19 em cinco semanas. Foram 288 novos óbitos, elevando o total a 23.190. O número de casos confirmados entre sábado (25) e hoje de 1.729, representou aumento de 0,8% no total de casos, que somam mais de 225 mil.
"Foi 1% de aumento diário [no número de casos], com números que não se via há muitas semanas", afirmou Fernando Simón, diretor do Centro de Coordenação de Alertas e Emergências Sanitárias. "Obviamente temos que seguir com muito cuidado. Não podemos dar um passo atrás, porque dar um passo atrás seria realmente temerário para o sistema sanitário e também para a moral de toda a população."
Hoje é o primeiro dia em seis semanas em que as crianças menores de 14 anos podem deixar suas casas no país. O Ministério da Saúde espanhol estabeleceu a "norma dos quatro 1": as crianças devem ser acompanhadas por apenas um adulto, sair apenas uma vez por dia, durante uma hora e andar no máximo um quilômetro. Ontem o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, disse que a população em geral poderá sair para caminhadas curtas a partir de 2 de maio. Ele deve apresentar na terça-feira um plano de redução gradual da quarentena nas próximas semanas.
Também na terça, o governo da França deve detalhar ao Parlamento local seus planos para retirar o país da quarentena. O primeiro-ministro Edouard Philippe escreveu em sua conta no Twitter que a estratégia se dará em torno de seis temas: saúde, escola, trabalho, comércio, transportes e reuniões. O presidente francês, Emmanuel Macron, já havia anunciado que as medidas de quarentena na França, em vigor desde 17 de março, começariam a ser relaxadas a partir de 11 de maio.
Na Itália, o premiê, Giuseppe Conte, deve anunciar mais detalhes sobre a retirada de restrições à circulação nos próximos dias. Ao jornal La Repubblica, ele afirmou que as prioridades incluem permitir as atividades na construção civil e em indústrias exportadoras. Conte confirmou que as aulas nas escolas não iniciarão até setembro.
No Reino Unido, o primeiro-ministro, Boris Johnson, vai retornar ao trabalho na segunda-feira (27), duas semanas após receber alta de um hospital em Londres onde recebeu tratamento contra a covid-19. Em paralelo, hoje, o secretário de Estado, Dominic Raab, que está no comando do país, disse à rede de televisão Sky que uma vacina contra a doença não deve ser anunciada neste ano.
Na Ásia, a Coreia do Sul, que já reduziu restrições ao contato social, teve o nono dia seguido com menos de 20 novos casos da covid-19. Em Cingapura, porém, foram registrados 931 novos casos. A cidade-Estado luta contra o contágio pelo novo coronavírus entre trabalhadores estrangeiros que vivem em dormitórios lotados.
A Índia, por sua vez, confirmou 25.671 novos casos de covid-19, incluindo 824 mortes. Em um programa de rádio, o premiê Narendra Modi alertou o país a respeito da "complacência" na luta contra o vírus. "Não deve haver negligência a nenhum nível local por conta de excesso de confiança", afirmou.
A China, primeiro epicentro da doença no mundo, registrou 11 novos casos entre sábado e domingo, sendo cinco deles importados e seis de transmissão local. De acordo com a Comissão Nacional de Saúde, não foram confirmados novos óbitos em decorrência do vírus.
Em todo o mundo, segundo a Universidade Johns Hopkins, o número de casos confirmados do novo coronavírus é de 2,911 milhões, com mais de 203 mil mortes.