Por Itasat
O candidato à presidência do Cruzeiro Ronaldo Granata relatou nesta terça-feira as ideias que tem para melhorar a situação financeira do clube e reafirmou que, apesar de ter integrado a gestão anterior, de Wagner Pires de Sá, rompeu com aquela administração antes mesmo da posse.
O empresário contou ser neto de fundadores do Palestra Italia, primeiro nome que a Raposa teve, e ser de uma família tradicional do Barro Preto, bairro ligado à história do clube e onde fica a sede cruzeirense. “Fui sócio do Cruzeiro desde quando nasci e um dos mais novos a conquistar o cargo de conselheiro nato.”
Mas o maior posto que Granata teve foi o de vice-presidente do clube, de janeiro de 2018 a dezembro de 2019, quando, como toda a diretoria encabeçada por Wagner, renunciou em meio à maior crise vivida pelo clube. Investigações da Polícia Civil e do Ministério Público de Minas Gerais sobre possíveis crimes cometidos por dirigentes, dívidas cada vez maiores, rebaixamento para a Série B e pressões da torcida e do Conselho Deliberativo culminaram com a saída dos mandatários.
Granata resistia a assinar a carta de renúncia, e foi o último a colocar o nome no documento, ressaltando que nada tinha a ver com os malfeitos. Ele volta a afirmar que sequer é avo das autoridades. “Não tenho envolvimento em nada do que aconteceu nessa tragédia dessa última diretoria, não sou investigado. As duas auditorias que estão lá dentro servem para comprovar o que estou falando e o próprio conselho gestor prova a minha idoneidade.”
O candidato explicou o que pretende fazer para amenizar as dívidas do Cruzeiro. “Os três principais problemas do financeiro é a credibilidade, o corte de despesas e uma equipe competente. Vamos reduzir drasticamente as despesas. A credibilidade já foi reconquistada com o conselho gestor e precisa ser melhorada para o mercado”, disse.
“E quando eu montei a chapa, procurei o Maurício Silva, que é do mercado financeiro e renomado, e o empresário Ailton Ricaldoni, dono da Campler (empresa do setor de proteção contra raios e surtos elétricos) e uma pessoa com portas abertas para buscar esses investimentos. Hoje no mercado existem fundos, bancos, grupos de investidores com interesse em investir no Cruzeiro”, completou.
O empresário pediu a reflexão e a fé dos conselheiros de que as coisas no clube vão melhorar. “Estamos vivendo a eleição mais importante da história do Cruzeiro”, comentou.