Fala pessoal, aqui estou de novo! O assunto é sério. Mas antes olhem esse anúncio.
A depender do pedido protocolado pelo analista de licitações Rojas Ferreira Barbosa nesta sexta-feira, dia 29 de maio, o Conselho de Ética da Câmara Municipal de Sete Lagoas terá mais uma denúncia para apurar, das quatro que já possui e, até hoje, não deu respostas à sociedade. Trata-se de um pedido de cassação de mandato contra o vereador e presidente da Casa, Cláudio Caramelo (PP), aliado político do deputado estadual Douglas Melo.
No pedido de cassação, Rojas afirma que Caramelo quebrou o decoro parlamentar ao divulgar áudio em um grupo de Whatsapp em que se utiliza de palavras de baixo-calão com o intuito de ofender o prefeito de Sete Lagoas, Duílio de Castro. Segundo Caramelo, o "FPD do prefeito, para desgastar a Câmara e tirar o foco do trabalho do coronavírus, sancionou ontem e publicou junto com os atos da crise... pra... causar o desgaste... pra acontecer o que está acontecendo aí", diz o edil.
Caramelo se referia à lei que reajustava os salários dos servidores da Câmara, incluindo os vereadores, em março deste ano. O projeto de lei tem autoria do próprio Caramelo, que além de ofender o prefeito, ainda o acusa de ter publicado a lei no mesmo Diário Oficial do Município que publicou decreto sobre flexibilização do comércio, em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Diante do protesto da população, a Câmara voltou atrás e suspendeu o reajuste, considerado inoportuno em tempos de pandemia.
Criada em 11 de março de 2019, a comissão até hoje não julgou um caso sequer, mesmo após quatro denúncias formais. A comissão é formada pelos vereadores Alcides Barros (presidente), Rodrigo Braga e Joaquim Gonzaga. Atualmente há quatro casos "em análise": a denúncia de rachadinha no gabinete do vereador Ismael Soares (parada na comissão desde agosto do ano passado), duas denúncias envolvendo o vereador Marcelo Cooperseltta (uma delas relacionada à denúncia do edil contra o então controlador da Casa, Júnior Sousa, conhecido como "bloqueirinho da Câmara", que teria, segundo o parlamentar, coagido uma testemunha), e uma contra o vereador Milton Martins, esta última relacionada a uma fala sua em um grupo de Whatsapp contra advogados.
Este será o quinto caso, o primeiro depois que a Câmara contratou um escritório de advocacia externo para auxiliar nas investigações dos casos: o escritório Spencer e Vasconcelos Advogados Associados (mesmo tendo uma procuradoria interna e podendo contar com a Corregedoria do Município). Resta saber agora se o Conselho de Ética da Câmara terá a independência necessária para avaliar o caso, tendo em vista que o presidente do conselho é o vereador Alcides Barros (PP), do mesmo partido de Caramelo, sendo seu vice-presidente na Câmara e que foi seu candidato a vice-prefeito nas eleições canceladas do ano passado.
Agora vamos aguardar, mas que está virando uma farra do boi, está!
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