Por Itasat
As saídas do lateral-direito Edilson e do meio-campo Robinho mostraram que o Cruzeiro ainda precisa reduzir mais gastos, além do que já tinha sido feito pelo Conselho Gestor. Sabendo desta necessidade, o presidente Sérgio Santos Rodrigues disse, em entrevista, que serão anunciados mais cortes no clube na próxima semana.
O mandatário celeste, no entanto, não detalhou se as reduções seriam saídas de mais jogadores ou outros tipos de cortes para frear os gastos. Sérgio Rodrigues ressaltou que vem sendo transparente com os atletas para mostrar a situação do clube.
“Quando me apresentei ao elenco, fiz questão de dar a cara e falar: ‘olha, a partir de agora, as decisões e as responsabilidades são minhas. O que tiver de errado a culpa é minha’. A gente se cerca das pessoas boas para isso. Quando se vai analisar a situação hoje do Cruzeiro, a gente precisa de austeridade. Semana que vem, vamos anunciar diversas outras reduções porque é isso que temos que fazer para tocar o Cruzeiro”, destacou.
Recentemente, diversas ações trabalhistas resultaram no bloqueio das contas do Cruzeiro. As últimas foram do volante Charles, que defendeu o clube entre 2012 e 2015, e do fisiologista Emerson Silami. O jogador pede R$ 610 mil, enquanto o profissional da área médica exige R$ 43 mil. A Raposa recorreu da retenção dos valores.
Parcelar valores da rescisão com Edilson e Robinho
Sérgio Rodrigues disse que se inspira nas atitudes do ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello – que decidiu pagar as dívidas e foi obrigado a montar times fracos durante alguns anos desta década para reerguer o clube financeiramente –, para diminuir os custos no Cruzeiro e renegociar o pagamento com os jogadores que deixarem a Toca por rescisão amigável, como nos casos de Edilson e Robinho.
Como exemplo, Sérgio Rodrigues citou a situação de Deivid, atual diretor técnico do Cruzeiro e que em 2012 era atacante do Flamengo e foi dispensado por Bandeira de Mello pelo alto salário. O ex-jogador renegociou o restante do contrato e recebeu de forma parcelada, justamente o que o presidente do Cruzeiro deseja fazer com Edilson e Robinho.
“Até batendo um papo com o Deivid ele me contou daquele que é a minha inspiração, que é o Bandeira. Quando o Bandeira chegou ao Flamengo, o Deivid estava lá e foi chamado para conversar. O Bandeira disse: ‘olha, o salário que você ganha hoje é incompatível com o que eu preciso aplicar no Flamengo. Estou te mandando embora e vou te fazer uma proposta de pagamento dentro da realidade do Flamengo’. É isso que a gente está tentando fazer. Esperando, óbvio, que eles aceitem. Isso inclui parcelamento”, finalizou.