Sette Câmara vê Atlético viável: ‘Se vender patrimônios e pagar dívidas, sobra R$ 200 milhões’

Por Itasat

Apesar de as dívidas do Atlético aumentarem a cada ano, o presidente Sérgio Sette Câmara acredita que o clube ainda é viável financeiramente. Com o débito alcançando R$ 746 milhões, de acordo com o balanço de 2019, o mandatário justificou a posição ressaltando que o Galo tem patrimônio para saldar as todas as despesas, caso seja necessário, e ainda sobraria mais de R$ 200 milhões nos cofres.

O clube social Vila Olímpica, o clube de lazer Labareda, a sede de Lourdes e metade do shopping Diamond Mall são alguns dos patrimônios do Atlético citados por Sette Câmara.

“O Atlético está longe de ser inviável. Isso nós já mostramos em diversas entrevistas, está lá no balanço. Hoje, o Atlético tem um patrimônio líquido positivo de mais de R$ 200 milhões. Tem uma dívida grande. O que é o patrimônio líquido positivo? Para o torcedor entender: você pega a soma das dívidas e deduz daquilo que você tem de patrimônio. Se amanhã (o clube) tivesse que fechar para balanço, vender tudo o que estivesse em nosso nome e pagar todas as dívidas, nós ainda teríamos um lucro de mais de R$ 200 milhões”, declarou Sette Câmara em entrevista à Itatiaia.

Mas o que garantiria a viabilidade financeira do clube é a inclusão no patrimônio a Arena MRV, que tem previsão para ficar pronta no fim de 2022. Desta forma, segundo Sette Câmara, daqui a dois anos e meio, os bens do Atlético chegariam a R$ 1 bilhão e superariam o valor das dívidas.

“O estádio, quando estiver pronto, vai valer mais ou menos uns R$ 600 milhões ou R$ 700 milhões. Se o Atlético der uma ajustadinha nas contas e se conseguir performar bem neste ano, nós poderemos estar daqui a dois anos e pouco, quando o estádio estiver pronto, com um patrimônio de R$ 1 bilhão”, ressaltou.

O balanço de 2019 do Atlético aponta um crescimento do débito na ordem de R$ 94 milhões em relação à 2018. Em carta aberta, Sette Câmara afirmou que a dívida líquida atleticana atual é de R$ 656 milhões. Quando assumiu o clube, em janeiro de 2018, o presidente disse que dívida líquida era de R$ 538 milhões. Corrigida pela taxa CDI, o valor atingiu R$ 630 milhões no fim de 2019. Desta forma, segundo o mandatário, os R$ 746 milhões é o valor corrigido pelas taxas de mercado e juros contratuais.

Diante disso, conseguir uma forma de amortizar os juros da dívida é um dos grandes desafios no Atlético.