Por Itasat
Com R$ 800 milhões em dívidas, o Cruzeiro ainda estuda alternativas para tentar reduzir os débitos. Durante a live semanal no Youtube do clube, o presidente do Sérgio Santos Rodrigues foi questionado por um torcedor e comentou sobre a possibilidade de vender alguns patrimônios para quitar parte do passivo.
De acordo com o mandatário, para o Cruzeiro se desfazer de algum imóvel precisaria do aval de quase a totalidade do Conselho Deliberativo (90% ou nove décimos). Mas, antes disso, precisa regularizar alguns deles.
“Cruzeiro tem muito patrimônio, mas primeiro a gente precisa regularizar alguns deles. Há alguns detalhes. É um dos trabalhos que a nossa gestão está em desenvolvimento. Mas isso, obviamente, depende de aprovação do Conselho Deliberativo. Hoje, o quórum é de nove décimos. Então, a primeira parte é regularizar. Depois, se tiver alguma coisa viável, boa e que o Conselho do Cruzeiro entenda ser uma coisa boa – não depende da presidência – para que o Cruzeiro faça, isso será realizado. Mas existem algumas etapas a serem cumpridas primeiro e, obviamente, o convencimento de todo o Conselho”, frisou.
Atualmente, o Cruzeiro possui dois centros de treinamento (Toca I e II), a sede administrativa do Barro Preto e os clubes sociais (Sede Campestre Pampulha e o Parque Esportivo do Barro Preto).
No início deste ano, o então CEO do Cruzeiro, Vittorio Medioli, revelou que o clube não tinha nenhum imóvel regularizado. “Nunca se preocuparam em regularizar. Não tem um (regularizado). Não tem escritura, registro”, disse.
Medioli chegou a dizer também que a venda de parte do patrimônio era a solução imediata para reduzir as dívidas do clube, pois alguns dos imóveis só servem para gerar despesas. Segundo o empresário, os bens imobiliários da Raposa estão avaliados em cerca de R$ 800 milhões.
“Nesta massa falida do Cruzeiro, tem também os valores de imóveis. Alguns para nós são imprescindíveis, mas os outros poderão ser negociados. Pega esses imóveis que não são interessantes, e vamos colocar em leilão. Vamos propor uma liquidação dessa dívida com a venda de imóveis. E capitalizar uma nova empresa”, disse.