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Ex-ministro

Moro: 'Lembro que já tivemos ministro da Saúde', diz sobre 50 mil mortos de covid

O ex-ministro da saúde fez referência a Luiz Henrique Mandetta, que comandou os trabalhos no início da pandemia e foi demitido após desgastes com o presidente Jair Bolsonaro

22/06/2020 09h04
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Por Itasat

Após o Brasil atingir a marca de 50 mil mortos pelo novo coronavírus, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro afirmou que o País já teve ministro da Saúde. A indicação foi feita pelo ex-juiz no Twitter, ao compartilhar publicação do ex-chefe da pasta Luiz Henrique Mandetta, que por sua vez declarou que 'não queria atingir tal marca' e que 'governos passam'. 

A marca de 50 mil mortes por covid-19 foi superada neste sábado (20), pouco mais de três meses após o registro do primeiro óbito pela doença no país. Até às 13h deste domingo, 21, o Brasil totalizava 1.073.376 casos confirmados do novo coronavírus e 50.182 mortes.

Mandetta deixou o Ministério da Saúde no dia 16 de abril, dispensado pelo presidente Jair Bolsonaro. Logo depois Moro deixou o cargo à frente do ministério da Justiça e Segurança Pública. Ao anunciar sua demissão, o ex-juiz acusou o presidente de tentar interferir politicamente na Polícia Federal, o que motivou a abertura de um inquérito junto ao Supremo Tribunal Federal.

O sucessor de Mandetta foi o médico Nelson Teich, que ficou somente 28 dias no cargo. Assim como seu antecessor, deixou o governo após confrontos com Bolsonaro sobre a melhor estratégia de combate à pandemia do novo coronavírus.

Desde a saída de Teich, quem comanda a pasta interinamente é o general Eduardo Pazuello, que atendeu o desejo do presidente e publicou um protocolo liberando o uso da cloroquina para todos os pacientes de covid-19 e também chegou a contrariar as recomendações do próprio Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde (OMS) participando de ato pró-governo ao lado de Bolsonaro.

Na penúltima semana, o ministro 'virou meme' após dizer que as regiões Norte e o Nordeste estavam mais ligadas ao inverno no hemisfério norte por causa da posição geográfica e assim estariam em outro momento da pandemia do novo coronavírus.