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Preocupação

Nova fase de fechamento do comércio em BH leva donas de salões de beleza ao desespero

A categoria, autorizada em reabrir no fim de maio, teve que fechar novamente as portas nesta semana

01/07/2020 10h50
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Por Itasat

O retorno à fase inicial de isolamento social em Belo Horizonte, em que apenas serviços essenciais podem ficar abertos, abalou a categoria de salões de beleza. Muitas donas de estabelecimentos temem não conseguir novamente.

É o caso de Pâmela Maia, que possui um salão no bairro Sagrada Família, região Leste da capital mineira. "Infelizmente o microempreendedor não consegue arcar com as aberturas e fechamentos. É muito improvável que a gente consiga reabrir depois dessa. Já foi muito difícil a primeira vez, nesta eu já não sei mais", lamenta.

O setor teve que ser fechado a partir de 20 de março, quando passou a valer o primeiro decreto da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) de fechamento do comércio. Pouco mais de dois meses depois, em 25 de maio, veio o respiro: anúncio da primeira fase da flexibilização na capital. Com isso, o setor pode reabrir. 

Contudo, a situação se agravou em Minas Gerais, que está próximo do pico de casos, previsto para 15 de julho. Em Belo Horizonte a situação não foi diferente, e a prefeitura, um mês após início da reabertura gradual, viu-se obrigada a fechar novamente os setores já abertos.

"A gente teve que dispensar funcionários, reabrir custou muito caro. Muitas vezes utilizamos as últimas linhas de crédito para ficar em pé neste momento para vir fechamento novamente", destaca Pâmela. 

Investimentos 

Outro impacto negativo do novo fechamento para o setor é o investimento feito em medidas sanitárias para que pudessem reabrir. Sofia Zanon, que possui um salão no Barroca, diz ter gasto R$ 2,5 mil para se adequar aos protocolos de segurança estabelecidos pela PBH.

"Para poder reabrir o negócio precisei fazer investimentos que não consegui ter retorno ainda porque precisei reduzir em 50% a produção do espaço por causa das normas do decreto que foram colocadas para reabrimos. Agora eu não sei quando poderei abrir novamente", diz.

Sofia também cita que precisou demitir e aplicar cortes salariais. "Fico revoltada em ver que as pessoas não se importam e continuam circulando pela cidade. Infelizmente a gente precisa de um decreto para que as pessoas cuidem das próprias vidas e fiquem em casa", destaca.