Por Itasat
Uma mulher foi condenada pela Justiça Mineira a pagar o valor de R$ 10 mil por danos morais a um segurança de um restaurante da região Centro-Sul de Belo Horizonte, por injúria racial.
Crime
Segundo informou o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o caso aconteceu há sete anos em um restaurante localizado na avenida Brasil, no bairro Funcionários. Próximo ao local, acontece todos os sábado uma tradicional feira de rua.
Desde que a exposição começou, vistantes da feira pediam para usar o banheiro do restaurante. Diante da movimentação, a administração do restaurante passou a cobrar o valor de R$ 0,50 do visitante da feira que quisesse utilizar o banheiro do local.
Segundo informou o segurança, durante o processo, em um determinado sábado, a mulher entrou no restaurante, foi ao banheiro, não consumiu nada e, ao sair, foi informada por ele da taxa.
Revoltada com a cobrança, ela teria jogado o dinheiro no balcão e agredido verbalmente o vigilante. Toda a agressão foi presenciada pelo gerente do local que, segundo a Justiça, confirmou que o segurança foi chamado de “urubu, negro e safado”.
Condenação
Em agosto do ano passado, de acordo com o TJMG, a mulher foi condenada em primeira instância, pela 25ª Vara Cível, que determinou o pagamento da indenização.
Ela negou ter utilizado esses termos e recorreu da decisão. A defesa dela argumentou que a mulher teria chamado o segurança de "chato de galocha" e ainda falado que "somente porque ele vestia uma roupa preta achava que era o tal".
O recurso foi julgado, na última semana, pela 16ª Câmara Civil, que manteve a condenação da primeira decisão.