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Caso Backer

Advogado de vítimas da Backer comemora quebra de sigilo bancário da cervejaria

A medida vem após a decisão judicial dessa quinta-feira (9), que autoriza a quebra do sigilo bancário de cinco empresas que compõem o grupo

11/07/2020 09h38
Por:

Por Itasat

A Justiça vai analisar a movimentação bancária da cervejaria Backer nos últimos doze meses para saber se houve ou não manobra da empresa para ocultar patrimônio e declarar falta de recursos para arcar com tratamento médico de vítimas e eventuais indenizações. 

A medida vem após a decisão judicial dessa quinta-feira (9), que autoriza a quebra do sigilo bancário de cinco empresas que compõem o grupo. O pedido foi feito no mês passado pelo Ministério Público de Minas Gerais por meio da 14ª promotoria de justiça de defesa do consumidor Belo Horizonte.

Um dos advogados que representa as vítimas, André Couto considera a decisão uma esperança e uma maneira de dar mais efetividade no respaldo às pessoas afetadas pela ingestão da bebida. 

“A decisão judicial que deferiu a quebra de sigilo bancário da cervejaria Backer e das empresas que compõem o grupo, que representa para as vítimas a possibilidade de valores para que as despesas emergenciais e médicas tão importantes sejam arcadas com valores vindos da cervejaria. O que vai ocorrer agora é o poder judiciário verifica os últimos doze meses a movimentação bancária desses doze últimos meses e traz esperança para as vítimas porque elas necessitam ter valores no processo. Essas decisões só vão ter efetividade se tiver bloqueio de bens. Só em 2019, a empresa faturou cerca de R$ 72 milhões de reais. No momento do bloqueio bancário, a cervejaria tinha apenas R$ 12 mil. De certa forma demonstra essa intenção, a priori, de fraudar essas vítimas e fraudar o processo judicial”, explicou o defensor.

Após cinco meses de investigação, em junho, onze pessoas ligadas à cervejaria Backer foram indiciadas pela Polícia Civil de Minas Gerais por monoetilenoglicol e dietilenoglicol. Dentre os crime estão lesão corporal e homicídio. A polícia identificou pelo menos 29 vítimas no caso.